Ensco é a dona da tecnologia ATGMS, capaz de fazer inspeção da via de forma autônoma, rápida, prática, segura e econômica, dispensando carros de controle
O trem que transporta a carga também pode ser usado para diagnosticar o estado de conservação dos trilhos e o momento adequado para a manutenção da via. Isso é possível com o sistema desenvolvido pela norte-americana Ensco, o ATGMS (Autonomous Track Geometry Measurement System), que funciona de maneira totalmente autônoma, acoplado a um vagão. A tecnologia também pode ser aplicada em carros de passageiros e locomotivas.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Por meio de feixes de lasers, câmeras e software, o ATGMS captura imagens para identificar pontos de degradação da geometria de via e do perfil dos trilhos.
O sistema fornece relatórios quase em tempo real das condições de geometria, incluindo informações de grau da curva/ gradiente de superelevação, bitola, perfil geométrico, alinhamento da via, desvio no padrão de nivelamento transversal ou na superelevação, entre outros. Por realizar a inspeção enquanto o trem se movimenta, o sistema considera o peso do vagão sobre a via e, por isso, tende a fazer uma leitura mais realista da situação.
O desempenho do ATGMS é tão preciso e confiável quanto o dos sistemas tradicionais de medição de geometria de linha da Ensco embarcados em carro-controle, mas com diferenciais importantes: elimina a necessidade de uso de carros de controle, evita a interrupção do tráfego ferroviário e reduz custos com viagens de inspeção de veículos e de operadores.
A tecnologia é amplamente utilizada mundo afora. No Brasil, a Rumo foi a primeira ferrovia a adquirir o sistema autônomo de inspeção de via da Ensco para a Malha Norte, em 2017. No fim do ano passado, a concessionária adquiriu o mesmo sistema e o implementou na Malha Sul.
“O aumento da taxa de coleta de dados através do uso do ATGMS leva à identificação precoce de anomalias na via, resultando em uma mudança nas práticas de manutenção. Isso reduz o número de reparos de emergência e lentidão nos pedidos, bem como os descarrilamentos causados pelas condições da via”, explica Aloisio Carneiro, que acabou de assumir a diretoria de Vendas da Ensco para América do Sul e é o responsável pela representação da empresa no Brasil.
Ensco
Fundada em 1969, a Ensco atua nos segmentos ferroviário, de aviação e de segurança, com faturamento de cerca de US$ 100 milhões por ano. Além de ser líder no fornecimento de sistema autônomo de inspeção de via, a empresa tem no portfólio o software de análise de medição GeoEDIT8, que faz exibição sincronizada de geometria, perfil de trilhos, restrição de bitola, qualidade de condução, terceiro trilho e outros; o Virtual Track Walk, para processamento automatizado e exibição sincronizada de imagens para inspeção de ativos de rastreamento e mapeamento, incluindo sistema de aprendizado automático (machine learning) para a identificação de defeitos de barras articuladas, por exemplo; e o Vampire, que traz modelo e simulação de veículos na via para design, modelagem de descarrilamentos e qualidade de condução.
A Ensco também oferece uma gama completa de tecnologias e serviços de interação veículo/via, como avaliações de trechos para atualizações e aumento da velocidade e serviços de medição de trilhos (rodas instrumentadas, qualidade da viagem, ruído e vibração etc.); sistemas de segurança, como o simulador de evacuação de emergência para treinamento de equipe e tecnologia de avaliação de vulnerabilidade para detecção de ameaças à infraestrutura chave.
Para mais informações, entre em contato com Aloisio Carneiro (acarneirosr@ ontrack-services.com) (21) 98111-5851
Informe Publicitário
*Informações de responsabilidade da empresa anunciante
Excelente matéria a mesma demonstra o quanto o setor esta se desenvolvendo neste novo cenário e principalmente por fazer parte de forma significativa na logística a qual é relevante para contribuir com o PIB.
Sou um entusiasta do mundo Ferroviário.
Parabéns pela Matéria.
Autônoma? Precisa ser atrelada a um trem para circular?
Quanto este “vagão especial”interfere na remontagem das composições?