“O problema da Ferrogrão não é o meio ambiente, é comercial”

Divulgação/OAB-MT
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Mídia News (MT) – O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que interesses econômicos estão por trás de ações judiciais que emperram o início da concessão da Ferrogrão.

A ferrovia vai ligar Sinop (a 503 km de Cuiabá) aos portos de Miritituba e Santarém, no Pará. O modal é uma das apostas para baixar os custos de escoamento da produção agropecuária do Estado.

O processo de concessão da Ferrogrão está travada por conta de uma liminar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que contesta a alteração de limites da Floresta Nacional do Jamanxim (PA) para a passagem dos trilhos.

“O que a gente tem que ver o seguinte: a quem interessa não ter a Ferrogrão? O problema da Ferrogrão não é o meio ambiente. O problema da Ferrogrão é comercial”, disse o ministro, durante visita à Cuiabá nesta sexta-feira (16).

“A Ferrogrão vai funcionar como grande regulador de tarifa. Ela promove uma competição com o Arco Norte, numa condição excepcional, sem precedente. É um acréscimo de oferta de ferrovia sem precedente”, afirmou.

“Imagina ter uma ferrovia lá que tem capacidade de pegar no início da operação 15, 40 milhões de toneladas, a tarifa vem aqui para baixo. Esse é o negócio da Ferrogrão e, é por isso, que o Meio Ambiente é usado”, acrescentou.

“Ferrovia sustentável”

O ministro argumentou que o Brasil precisa da Ferrogrão e o Governo Federal teve muito cuidado com a questão ambiental para implementação da ferrovia, já prevendo que teria um embate forte em relação a isso.

Segundo ele, a Ferrogrão é uma ferrovia que vai nascer com selo verde. Freitas afirmou que assim que liminar do STF for derrubado, o Governo Federal deve lançar imediatamente a licitação para o leilão da ferrovia.

“A gente trouxe o que tem de melhor em termos de sustentabilidade para dentro da construção. Hoje todos os financeiros estão atrelados a questões ambientais. O risco de imagem para um investidor é uma coisa muito importante”, disse.

“O que tem melhor em termos de padrão ambiental, conduta ambiental, procedimento ambiental está sendo incorporado na modelagem para que a gente tenha uma ferrovia sustentável”, acrescentou.

Para o ministro, do ponto de vista ambiental, não tem como comparar uma ferrovia com uma rodovia.

“O que é mais sustentável? Uma ferrovia ou uma rodovia? Lógico que é a ferrovia. Não tem comparação, em todos os aspectos. É menos acidente, menos emissão de materiais particulado, cuidado com o controle de processo erosivo”, pontuou.

Fonte: https://www.midianews.com.br/politica/o-problema-da-ferrograo-nao-e-meio-ambiente-e-comercial/403307

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