Outorga de R$ 980 milhões pela concessão das linhas 8 e 9 da CPTM é depositada nesta quarta-feira (30)

Foto: Diário dos Trilhos
Foto: Diário dos Trilhos

Diário do Transporte – A CCR e o Grupo RuasInvest depositaram no início da tarde desta quarta-feira, 30 de junho de 2021, o valor de R$ 980 milhões referente à outorga da concessão das linhas 8 e 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)

A informação é do governador João Doria, em entrevista coletiva também no início desta quarta-feira, após ler mensagem do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

A estimativa é que a concessionária “ViaMobilidade Linhas 8 e 9” assuma os serviços em 25 de janeiro de 2022.

De acordo com o comunicado, foi formalizada a participação de 80% pela CCR e 20% pela Ruas Invest na concesssionária.

Como mostrou o Diário do Transporte, a concessão será por 30 anos.

Foram quatro propostas no leilão de 20 de abril de 2021 . Em todos os consórcios houve a participação de operadores de ônibus:

Consórcio ViaMobilidade 8 e 9 – Formado pela CCR (líder) e Ruas Invest (ônibus da capital paulista): R$ 980 milhões

Consórcio MobTrens: Grupo Comporte (família Constantino, ônibus) – líder, Consbem Construções e CAF: R$ 787,7 milhões

Consórcio Integração Iberica Holdding S.A (líder) e Metra (dos Trólebus e Ônibus do ABC): R$ 519,5 milhões

Consórcio Itapemirim/Encalso: Grupo Itapemirim (ônibus é o principal negócio) – líder Encalso Construções: R$ 400 milhões

O Diário do Transporte havia informado também que a CCR comunicou ao mercado em 21 de junho de 2021, que assinou com a RuasInvest, ligada ao Grupo Ruas que detém a operação de parte dos ônibus da capital paulista, Acordo de Acionistas da Concessionária das Linhas 8 e 9 da CPTM.

A assinatura é mais um passo para a conclusão da documentação exigida pela concessão das linhas 8 e 9 à iniciativa privada promovida pela gestão do governador João Doria.

HISTÓRICO

O Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização apresentou uma pré-modelagem da concessão à iniciativa privada das linhas 8-Diamante (Amador Bueno / Itapevi) e 9 Esmeralda (Osasco / Grajaú) da CPTM em janeiro de 2020.

De acordo com ata da reunião realizada no início daquele ano, a modelagem preliminar desenvolvida em contrato com o IFC – International Finance Corporation (Grupo Banco Mundial), o prazo de concessão deve ser por 30 anos e remuneração da empresa que vencer a licitação vai ser por meio de tarifa técnica por passageiro transportado, que pode ser maior que a tarifa social, ou seja, aquela paga pelo usuário:

– Concorrência Internacional, tendo como critério de julgamento o de “maior valor de Outorga Fixa”, que as projeções econômico-financeiras considerariam;

– Prazo total da concessão de 30 anos;

– Remuneração da concessionária pela “tarifa técnica contratual por passageiro transportado”, desvinculada da “tarifa pública”, assumindo o máximo de aproveitamento das receitas “não tarifárias”

Entre as exigências, estavam melhorias em 35 estações e construção de novas estações:

– Modernização de sistemas e infraestrutura de operação (via permanente, telecomunicações, sistemas auxiliares, entre outros);

– Melhorias em 35 estações, contemplando a construção de duas novas estações: Ambuitá (Itapevi) e Lapa (“unificação” das linhas 7 Rubi e 8 Diamante), e demais itens de acessibilidade e de conforto aos usuários;

– Obras para inserção da Estação João Dias na Linha 9 Esmeralda;

– Implantação de novo CCO (Centro de Controle Operacional) local;

– Adequação do Pátio Presidente Altino e edificação para segregação das atividades da CPTM atualmente desempenhadas no referido Pátio;

– Aquisição de material rodante (novos trens); perfazendo estimativa total de investimento a cargo do concessionário de cerca de R$ 2,6 bilhões.

Na apresentação, o conselho ainda especificou que o prolongamento da linha 9 até Varginha, no extremo Sul de São Paulo continuará sendo custeado pelos cofres públicos que também vão bancar adequações em estações.

O Poder Concedente teria obrigação de concluir a extensão de 4,5 km da Linha 9 Esmeralda, com duas estações (Mendes-Vila Natal e Varginha), cujos recursos são oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e as adequações das estações Morumbi (integração com Linha 17 Ouro – monotrilho), Santo Amaro (integração com Linha 5 Lilás) e Carapicuíba (ligação com Boulevard); com previsão de entrega de todas essas obras até 2022.

EDITAL PUBLICADO

No dia 1º de dezembro de 2020 a CPTM publicou o edital de concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

Confira abaixo os principais pontos do edital:

Vigência e Prazo

O prazo de vigência da concessão é de 30 anos contados a partir da data indicada na ordem de início da operação comercial, conforme definido no contrato.

O valor estimado é de R$ 3.356.000.000,00 (três bilhões, trezentos e cinquenta e seis milhões de reais) na data base de 1º de setembro de 2020, correspondente ao valor do somatório dos investimentos estimados a cargo da concessionária, adicionando o valor da outorga fixa mínima, de R$ R$ 323,9 milhões inicialmente eram R$ 303 milhões.

LINHA 8

Segundo o edital, a empresa vencedora fará a reconstrução da futura estação Ambuitá. A concessionária será responsável pela seguinte estrutura:

Linha da rede de trens metropolitanos, integrada ao sistema metroferroviário com 41,6 quilômetros e 22 estações: Júlio Prestes (JPR); Palmeiras-Barra Funda (BFU); Lapa (LAB); Domingos de Moraes(DMO); Imperatriz Leopoldina (ILE); Presidente Altino (PAL); Osasco (OSA); Comandante Sampaio (CSA); Quitaúna (QTU); General Miguel Costa (GMC); Carapicuíba (CPB); Santa Terezinha (STE); Antônio João (AJO); Barueri (BRU); Jardim Belval (JBE); Jardim Silveira (JSI); Jandira (JDI); Sagrado Coração (SCO); Engenheiro Cardoso (ECD); Itapevi (IPV); Santa Rita (SRT) e Amador Bueno (ABU), um pátio de manutenção e estacionamento de trens (Pátio Presidente Altino) e a futura estação Ambuitá a ser reconstruída pela concessionária.

LINHA 9

A concessionária será responsável pela seguinte estrutura da Linha 9:

Linha da rede de trens metropolitanos, integrada ao sistema metroferroviário, com 32,5 quilômetros e 18 estações: Osasco(OSA); Presidente Altino (PAL); Ceasa (CEA); Villa-Lobos-Jaguaré (JAG); Cidade Universitária (USP); Pinheiros (PIN); Hebraica-Rebouças (HBR); Cidade Jardim (CJD; Vila Olímpia (VOL); Berrini (BRR); Morumbi (MRB); Granja Julieta (GJT); Santo Amaro (SAM); Socorro (SOC); Jurubatuba (JUR); Autódromo (AUT); Primavera-Interlagos (INT); Grajaú (GRA) e as futuras estações Mendes-Vila Natal, Varginha e João Dias em projeto/construção pelo poder concedente.

COMPRA DE NOVOS TRENS

A definição da frota será parcialmente disponibilizada pela CPTM, em nome do poder concedente. A concessionária deverá adquirir 34 novos trens e realizar a remobilização de dois trens para compor a frota de trens para operação das linhas.

O poder concedente deverá substituir todos os trens da série 8000 atualmente em circulação, em razão da Concessão Administrativa (PPP Ctrens), pelos trens das Séries 7000 e 8500 cedidos, em prazo temporal definido, pela CPTM, durante o período de transição, em até 150 dias da assinatura do contrato.

Após a substituição, a frota das linhas passará a ser composta da seguinte forma:

– 40 (quarenta) trens da Série 7000 – destes, 2 (dois) estão inoperantes;

– 8 (oito) trens da Série 7500;

– 7 (sete) trens da Série 8500;

– 06 (seis) trens da série 5400 (de quatro carros).

O total será de 53 trens operacionais de oito carros, seis trens operacionais de quatro carros e dois trens imobilizados que a concessionária deverá remobilizar de maneira completa, inclusive as peças.

Atualmente, os seis trens da série 5400 (de quatro carros) trafegam somente no trecho de Amador Bueno a Itapevi.

LINHAS TRANSPORTAM UM MILHÃO DE PASSAGEIROS POR DIA (antes da pandemia)

Ambas as linhas transportam mais de um milhão (1,088 milhão) de pessoas por dia, dados de antes da pandemia.

A Linha 8-Diamante, que liga Júlio Prestes a Amador Bueno, tem 41,6 Km de extensão e 22 estações, atendendo aos municípios de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi, com integrações na Linha 7 Rubi e Linha 9 Esmeralda da CPTM, e na Linha 3 Vermelha do Metrô, e demanda MDU (Movimento em Dias Úteis), em 2019, de 497 mil passageiros transportados/dia.

A Linha 9-Esmeralda, interliga Osasco a Varginha, estende-se por 32 km e tem 18 estações, atendendo às cidades de São Paulo e Osasco, com integrações na Linha 8 Diamante da CPTM, e Linhas 4 Amarela, 5 Lilás e 17 Ouro do Metrô, e demanda MDU, em 2019, de 591 mil passageiros transportados/dia.

QUESTIONAMENTOS:

O leilão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda recebeu centenas de questionamentos.

Foram cerca de 800 pedidos de esclarecimentos, e três tentativas de impugnação do edital, até então negadas pela Justiça.

A expectativa no mercado é que o leilão atraia grandes grupos, como consórcios CCR, a gestora Pátria, a espanhola Acciona e até mesmo grupos do setor de ônibus, como da Viação Itapemirim, anunciou parceria com a Odebrecht, além dos grupos Comporte e CS Brasil.

SUSPENSÃO:

O Tribunal suspendeu liminarmente o edital de licitação para conceder à iniciativa privada a prestação de serviços públicos das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por meio de despacho proferido pela Auditora-Substituta de Conselheiro, Silvia Monteiro.

O despacho foi veiculado na edição de 27 de fevereiro de 2021 do Caderno Legislativo do Diário Oficial do Estado. A Relatora concedeu 48 horas para que a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) apresente ao Tribunal de Contas cópia do edital ou que certifique que o documento apresentado na representação corresponde à integralidade do original, bem como envie ao TCESP os esclarecimentos que julgar necessários.

A representação que provocou a liminar apontou possíveis inconsistências nos estudos econômicos que levam a estimativas subestimadas sobre os custos de aquisição de novos trens e as despesas operacionais, o que colocaria em dúvida a viabilidade econômica.

A Auditora entendeu haver sinais aparentes de provável risco e indícios de ameaça ao interesse público, que demandam a atuação cautelar pelo Tribunal de Contas, e acatou representação proposta junto ao TCE sobre possíveis irregularidades no certame.

No edital lançado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, de acordo com a Relatora, existem obstáculos à mensuração de custos e fluxo de caixa estimado, além de falta de clareza sobre detalhes do projeto. A Conselheira-Substituta Silvia Monteiro destacou que a simetria ao acesso de informações essenciais é um dos elementos da isonomia quanto à obrigação de assegurar a igualdade de condições a todos os concorrentes.

“O presente risco colocado a tal postulado, num empreendimento com a significativa estimativa de investimentos e de vigência, é razão a mim suficiente à sustação cautelar com o fim de colher os esclarecimentos e informações da Administração”, pontuou Silvia Monteiro.

LIBERAÇÃO:

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) autorizou em 17 de março de 2021, a retomada do processo de concessão das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes – Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) da CPTM para a iniciativa privada.

A concorrência tinha sido suspensa em 26 de fevereiro de 2021, por decisão monocrática da Auditora-Substituta de Conselheiro, Silvia Monteio, do TCE (Tribunal de Constas do Estado de São Paulo), mas no dia 17 de março de 2021, o plenário da corte liberou a concorrência.

O plenário do TCE em reunião extraordinária online colocou em debate e votação, não encontrando irregularidades na licitação, conforme explicou a conselheira Silvia Monteiro durante a sessão:

“Tendo sido apresentada as alegações de defesa pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos em abundante material técnico, esclarecimentos. As unidades especializadas da assessoria técnica manifestaram-se pela improcedência dos quesitos examinados. A Procuradoria da Fazenda do Estado e do Ministério Público de Contas também pela improcedência, com proposta do MPC de instauração de autos próprios para contratação”, disse a conselheira em texto.

Logo na sequencia, Silvia Monteiro explicou seu posicionamento sobre as questões levantadas pela representante da ação e decidindo em favor da Secretaria dos Transportes Metropolitanos da seguinte forma:

“As impugnações referem-se ao curto prazo para esclarecimentos sobre a modelagem econômico-financeira, sobre os investimentos, sobre a isenção de ICMS para aquisição de material rodante, sobre o reequilíbrio econômico-financeiro, sobre a projeção de despesas operacionais e custos, sobre a supervisão e automação e controle operacional, sobre a intervenção em via permanente, sobre reajuste de tarifa pública, tarifa técnica de remuneração, sobre qualificação técnica, pleito de maior restritividade, multa, agravamento de sanção, minuta de contrato, atualizações tecnológicas, bens reversíveis, eventos geradores de alta demanda, entre outros”

Para o curto prazo de respostas a pedidos de esclarecimento, eu penso que este exauriu-se com a própria suspensão cautelar aliada ao período de tramitação de presente efeito que na prática já proporcionou expressivo alongamento no período, destacando ainda que o aviso de edital foi à praça no dia 30 de novembro de 2020 e eventual pedido de esclarecimento se presta ao fim de ajustes em projeto em preparação.

A respeito da modelagem econômico-financeira sobre o caráter referencial do relatório de modelagem, penso que não procede a queixa, pois o importante nele é revelar a consistência da modelagem apresentada por qualquer concorrente. Também as análises da unidade de economia da assessoria técnica mostraram que não procedem as impugnações que alegaram haver premissas subestimadas para aquisição de novos trens e para os custos operacionais médios mensais com manutenção.

A assessoria técnica especializada também mostrou ser improcedentes as impugnações em face das intervenções na via permanente da estação Osasco e em face de cláusula que dispõe sobre o sistema de supervisão, automação e controle operacional. No voto, previamente disponibilizado, incorporei todos os termos dos pareceres da assessoria técnica, adotando-os como razão de decidir.

Ainda sobre a compra dos 34 novos trens, eu entendo que foram satisfatórios os esclarecimentos da administração a respeito do procedimento de reequilíbrio econômico-financeiro aplicável à hipótese de não ser obtida a isenção do ICMS considerada no valor estimado. E a respeito do sistema de sanções aplicáveis ou o descumprimento do cronograma da compra de novos trens. No que se refere aos requisitos de qualificação técnica, o teor das impugnações revelam pleito pela imposição de condições mais restritivas de cláusulas que diminuam o rol de concorrentes potenciais. No entanto, pela natureza sumária e a priorística do rito aplicado ao exame prévio do edital, o escopo de sua apreciação está na vigilância sobre eventuais excessos que desbordem do limite do indispensável, prescrito na carta constitucional. A piorar, não está colocado nenhum estudo do segmento de mercado que possa contrapor o estudo da administração e sustentar uma maior restrição nas condições de qualificação técnica.Finalmente, não se mostraram procedentes as impugnações contra determinadas cláusulas da minuta do contrato. É evidente que o juízo a respeito desta representação decorre de um rito sumário e excepcional, de caráter meramente apriorístico, o qual não afasta a análise de qualquer evento publicado concreto e rito ordinário. Razão pela qual acolho a proposta do Ministério Público de Contas de instaurar autos próprios. Ante o exposto e filiando-me a assessoria técnica, a Procuradoria da Fazenda do Estado e ao Ministério Público de Contas, o meu voto é pela improcedência da representação e declaro desde já cessados os efeitos da medida cautelar inicialmente decretada, liberando a Secretaria dos Transportes Metropolitanos a prosseguir com o certame. E eu ainda acolho a sugestão do Ministério Público de Contas e proponho a autuação e distribuição aleatória de processos referentes à concorrência internacional aqui tratada ao futuro contrato de concessão e à correspondente execução contratual”.

Por fim, o conselheiro Antonio Roque Citadini concordou com a explanação da conselheira e foi reforçada a necessidade do Tribunal de Contas do Estado de acompanhar o certame, finalizou a presidente do TCE, Cristiane de Castro Moraes.

NOVA DATA:

Em 18 de março de 2021, em uma postagem em rede social, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, anunciou uma nova data para o leilão: 20 de abril de 2021.

“Temos uma nova data para o Leilão das Linhas 8 e 9 da CPTM: 20 de abril. Depois da autorização do TCE-SP seguiremos com essa concessão que tem investimentos em mais de R$ 3,2 bilhões e vai melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores que usam essas linhas de casa ao trabalho. Sigo as diretrizes do Governador João Doria de trabalhar em busca de investimentos para que as pessoas que vivem e passam por SP possam ter um transporte público mais seguro, eficiente, rápido e confortável.”

CCR E GRUPO RUAS LEVARAM:

O Governo do Estado de São Paulo realizou em 20 de abril de 2021, o leilão que concedeu para a iniciativa privada, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em um contrato com duração de 30 anos.

O valor mínio da outorga estipulado pela gestão João Doria foi de R$ 323,9 milhões

A maior oferta foi da CCR e Ruas Invest que formam o Consórcio ViaMobilidade 8 e 9 com o valor de R$ 980 milhões, um ágio de 205,56%

A CCR com a RuasInvest já operam a linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo (ViaQuatro) e a linha 5-Lilás (ViaMobilidade), cuja concessão também envolve o monotrilho da linha 17-Ouro da zona Sul da Capital Paulista.

De acordo com o CEO da CCR, Marco Cauduro, o intuito é criar sinergias com a operação das linhas 4 e 5 de metrô e futuramente com a linha 17 de monotrilho.

Foram quatro propostas. Em todos os consórcios houve a participação de operadores de ônibus

Consórcio ViaMobilidade 8 e 9 – Formado pela CCR (líder) e Ruas Invest (ônibus da capital paulista): R$ 980 milhões

Consórcio MobTrens: Grupo Comporte (família Constantino, ônibus) – líder, Consbem Construções e CAF: R$ 787,7 milhões

Consórcio Integração Iberica Holdding S.A (líder) e Metra (dos Trólebus e Ônibus do ABC): R$ 519,5 milhões

Consórcio Itapemirim/Encalso: Grupo Itapemirim (ônibus é o principal negócio) – líder Encalso Construções: R$ 400 milhões

A vitória dá o direito de exploração das duas linhas transportando passageiros e também de maneira comercial das dependências de estações e espaços de anúncios em composições.

Uma das suas primeiras ações esperadas é iniciar o processo para a aquisição de 34 novos trens para, ao ter iniciada a entrega, devolver de forma gradativa as composições pertencentes à CPTM que estarão em regime de “empréstimo”.

Os investimentos totais esperados são de R$ 3,35 bilhões.

O governador João Doria disse em entrevista coletiva ao final do leilão que neste ano haverá mais três leilões da área de mobilidade.

Para o dia 15 de julho de 2021, foi marcado em lotes o leilão de 22 aeroportos de São Paulo.

Ainda para o segundo semestre, mas sem data confirmada, devem ocorrer leilões de todas as travessias marítimas e uma de malha rodoviária sobre qual Doria não deu detalhamento.

Sobre o fato de o Governo ter feito aditivos para reequilíbrio econômico bilionário por atrasos nas obras da linha 4 Amarela com o Grupo CCR, como mostrou o Diário do Transporte em 23 de março de 2021, o vice-governador Rodrigo Garcia, disse que o intuito é dar segurança jurídica e confiabilidade ao mercado.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse ainda ao fim do leilão que há um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para os funcionários das linahs 8 e 9 e que, com a concessão, o governo do vai deixar de gastar R$ 600 milhões por ano com ambas linhas.

Baldy foi questionado como seria o equilíbrio econômico das outras linhas da CPTM, que são deficitárias.

Em fato relevante ao mercado no mesmo dia, a CCR explicou que ainda é necessária a análise da documentação e que no Consórcio ViaMobilidade Linhas 8 e 9 possui 80% de participação e a Ruasinvest Participações S.A. tem 20%

A CCR S.A. (“Companhia”) (B3: CCRO3; Bloomberg: CCRO3 BZ; Reuters: CCRO3.SA) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que, no dia de hoje, a Comissão Especial de Licitação da Concorrência Internacional nº 01/2020 (“Concorrência”), promovida pelo Estado de São Paulo, por meio da Secretaria dos Transportes Metropolitanos – STM (“STM”), declarou como melhor classificada a proposta comercial apresentada pelo Consórcio ViaMobilidade Linhas 8 e 9 (“CONSÓRCIO”), formado pela CCR, na condição de líder (80%) e Ruasinvest Participações S.A. (20%), para a execução, em regime de concessão onerosa da prestação do serviço público de transporte de passageiros, sobre trilhos, das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda da rede de trens metropolitanos da Região Metropolitana de São Paulo, compreendendo operação, manutenção, conservação, melhorias e expansão (“CONCESSÃO”), aguardando-se a análise dos documentos de habilitação do CONSÓRCIO e respectiva declaração de vencedor da licitação, com consequente adjudicação da CONCESSÃO.

O CONSÓRCIO sagrou-se vencedor ao oferecer o maior valor, em moeda corrente nacional, a título de pagamento de outorga fixa da CONCESSÃO, no montante de R$ 980.000.000,00 (novecentos e oitenta milhões de reais).

A CONCESSÃO terá um prazo de 30 (trinta) anos, que se iniciará a partir da data da emissão de ordem de início da operação comercial das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda.

A CCR está sempre atenta às oportunidades de viabilizar soluções de investimentos e serviços em infraestrutura, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde atua. A conquista da CONCESSÃO das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda representa a concretização de mais uma importante etapa do planejamento estratégico do Grupo CCR, que visa o seu crescimento qualificado, disciplina de capital e agregar valor aos acionistas.

HOMOLOGAÇÃO:

O Governo do Estado de São Paulo publicou no último sábado, 29 de maio de 2021, homologação do Consórcio ViaMobilidade Linhas 8 e 9, como vencedor do processo licitatório de concessão das ligações pelos próximos 30 anos.

O consórcio, formado pela CCR e Ruas Invest, ofertou o valor de R$ 980 milhões na disputa em que superou as concorrentes com a maior outorga oferecida.

A CCR com a RuasInvest já opera a linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo (ViaQuatro) e a linha 5-Lilás (ViaMobilidade), cuja concessão também envolve o monotrilho da linha 17-Ouro da zona Sul da Capital Paulista, que ainda está em construção. O monotrilhos deveria estar pronto antes da Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o CEO da CCR, Marco Cauduro, o intuito é criar sinergias com a operação das linhas 4 e 5 de metrô e futuramente com a linha 17 de monotrilho.

Agora o vencedor tem um prazo de 30 dias corridos para assinar a documentação, e a previsão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos é que em janeiro de 2022, a administração de fato passe a ser da iniciativa privada, conforme disse Alexandre Baldy ao Diário do Transporte.

Foram quatro propostas. Em todos os consórcios houve a participação de operadores de ônibus

Consórcio ViaMobilidade 8 e 9 – Formado pela CCR (líder) e Ruas Invest (ônibus da capital paulista): R$ 980 milhões

Consórcio MobTrens: Grupo Comporte (família Constantino, ônibus) – líder, Consbem Construções e CAF: R$ 787,7 milhões

Consórcio Integração Iberica Holdding S.A (líder) e Metra (dos Trólebus e Ônibus do ABC): R$ 519,5 milhões

Consórcio Itapemirim/Encalso: Grupo Itapemirim (ônibus é o principal negócio) – líder Encalso Construções: R$ 400 milhões

A CCR e o Grupo RuasInvest depositaram no início da tarde de 30 de junho de 2021, o valor de R$ 980 milhões referente à outorga da concessão das linhas 8 e 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)

A informação foi do governador João Doria, em entrevista coletiva também no início da tarde, após ler mensagem do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2021/06/30/outorga-de-r-980-milhoes-pela-concessao-das-linhas-8-e-9-da-cptm-e-depositada-nesta-quarta-feira-30/

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