
Valor Econômico – Dadas as indicações de clima favorável, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos e fibras nesta safra 2021/22. A estatal passou a prever o volume recorde de 289,79 milhões de toneladas, 14,7% mais que em 2020/21, quando sobretudo as lavouras de milho foram prejudicadas pela falta de chuvas. Em relação à estimativa do mês passado, a nova previsão é 0,4% maior.
Além das previsões climáticas, o aumento de área de plantio ajudará o Brasil a atingir a nova marca histórica. A Conab prevê que serão semeados 71,8 milhões de hectares no total, com avanço de 4,1% em relação à temporada passada. Sobre a produtividade média, a estatal afirma que ainda prefere trabalhar com médias estatísticas porque as colheitas ainda estão distantes. Assim, indicou 4.033 quilos por hectare, 10,8% a mais que em 2020/21.
Em seu primeiro levantamento para a colheita de grãos do país no ano que vem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetou que o volume chegará a 270,7 milhões de toneladas, 7,8% mais (ou 19,5 milhões de toneladas) que neste ano.
A soja mais uma vez é a estrela da agricultura nacional. Segundo a Conab, a produção da oleaginosa deve chegar a 142 milhões de toneladas, 3,4% acima do resultado do ciclo passado e 0,9% mais que o projetado em outubro. O resultado decorre principalmente da previsão de crescimento de 4,3% da área de plantio, para 38,5 milhões de hectares.
A colheita de milho (primeira, segunda e terceira safras) deverá chegar a 116,71 milhões de toneladas, com aumento expressivo, de 34,1%, na comparação com o ciclo passado. Das três safras do cereal, a que terá maior recuperação será a segunda, que perdeu mais de 20% do volume no ano passado. A Conab prevê colheita de 86,26 milhões de toneladas na próxima safra de inverno, um aumento de 42%.
No caso do arroz, a estatal passou a estimar a produção em 11,5 milhões de toneladas, 1,8% menos que em 2020/21. Para o feijão (que também tem três safras por temporada no país), a expectativa é de avanço de 7,9%, para 3,1 milhões de toneladas. Esse resultado deve-se ao aumento de produtividade média previsto – de 8,5% -, e não à ampliação de área. A leguminosa de inverno também foi afetada em 2020/21 pelo clima.
Para o algodão, a Conab prevê colheita de 2,65 milhões de toneladas da pluma, 12,6% mais que na temporada passada e 0,9% menos que o previsto no mês passado.
Fonte: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/11/12/graos-rumo-a-novo-recorde.ghtml
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