A todo vapor

O tatuzão que irá escavar - Fotos: Renan Kaldiris
O tatuzão que irá escavar - Fotos: Renan Kaldiris

Com prazo apertado, obra da Linha 6-Laranja tem 19 frentes abertas e dois tatuzões prestes a iniciar as escavações 

Com um ritmo lento de expansão desde a sua inauguração, em 1974, o Metrô de São Paulo reuniu todos os clichês de grandes obras públicas no país, recheados de paralisações, retomadas e ganhos aquém do necessário em extensão da malha. Mas o projeto da Linha 6-Laranja, que atravessará a Zona Norte da cidade, pode mudar o curso dessa história. Trata-se da construção de uma linha subterrânea de metrô por uma única empresa privada, de forma simultânea em todas as estações e com prazo de conclusão curto para os padrões vigentes. É, portanto, um evento sem precedentes na história metroferroviária de São Paulo.

Os 15,3 km de via e 15 estações da Linha 6-Laranja deverão estar prontos em 2025, exatamente cinco anos após a retomada das obras, em outubro de 2020. A aposta para tornar isso crível está num modelo de contrato já aplicado de forma bem-sucedida na conclusão do Metrô de Salvador, na capital baiana. É a chamada Parceria Público-Privada (PPP) integral, quando cabe ao ente privado não só gerir e operar o sistema, como também construir toda a sua infraestrutura e adquirir os trens, por meio da divisão de custos com o poder público. Nesse modelo, a lógica privada funciona como um gatilho para que as obras fluam num ritmo adequado e sem atrasos. Quanto mais cedo a operação iniciar, melhor e mais viável tornam-se a concessão e o negócio para a empresa. 

Em São Paulo, esse formato é inédito, porém não recente. Foi assinado em 2013 com o consórcio Move São Paulo, formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, para a construção da Linha 6. As obras tiveram início em abril de 2015, mas foram paralisadas um ano e cinco meses depois, em meio aos problemas financeiros das construtoras, investigadas pela Operação Lava Jato. O contrato foi então caducado pelo governo do estado em dezembro de 2018. Quase dois anos depois, o grupo espanhol Acciona o assumiu, em julho de 2020, estreando, assim, na área de concessões metroferroviárias no Brasil.

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