CCR tem prejuízo de R$ 133,2 mi no 4º trimestre

Trem operado pela CCR Metrô Bahia percorre trilhos ao lado de avenida em Salvador - Camila Souza/Divulgação/CCR Me
Trem operado pela CCR Metrô Bahia percorre trilhos ao lado de avenida em Salvador - Camila Souza/Divulgação/CCR Me

Folha de S. Paulo – A operadora de concessões de infraestrutura CCR anunciou nesta quinta-feira (24) que teve prejuízo de R$ 133,2 milhões no quarto trimestre, piorando ante o resultado já negativo de R$ 74,8 milhões na mesma etapa de 2020.

A companhia, porém, teve de outubro a dezembro lucro líquido de R$ 182,6 milhões, ante prejuízo de 12,3 milhões um ano antes, nas mesmas base de comparação.

Segundo a CCR, as diferenças entre esses comparativos têm a ver com efeitos extraordinários, como o vencimento de algumas concessões, como da Rodonorte (PR), que aceleram despesas com depreciação e amortização.

Em termos operacionais, o tráfego nas concessões de rodovias voltaram aos níveis pré-pandemia, afirmou à Reuters a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy. Nas operações de mobilidade urbana e de aeroportos, embora a recuperação também tenha ocorrido, ficaram cerca de 25% abaixo dos níveis de 2019.

A receita líquida de CCR no trimestre, de R$ 2,835 bilhões, cresceu 10,9% sobre um ano antes, uma vez que o fluxo de veículos e passageiros em rodovias, metrôs e aeroportos que administra seguiu crescendo, à medida que as ações de isolamento social tomadas para tentar conter a pandemia foram sendo aliviadas.

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado teve crescimento ano a ano de 37,9%, para R$ 1,467 bilhão. A margem Ebitda subiu 10,1 pontos percentuais, para 51,7%.

Em bases comparáveis, o Ebitda avançou 49,7%, para R$ 1,42 bilhão, e a margem evoluiu 13,3 pontos percentuais, para 53,7%.

Segundo Godoy, a CCR planeja participar da disputa por concessões do Rodoanel Norte, na Grande São Paulo, e pela 7ª rodada de aeroportos, prevista para este ano.

“Embora nossa alavancagem financeira tenha subido um pouco por causa de pagamento de outorgas, a empresa ainda tem um patamar confortável para executar a estratégia de crescimento”, disse ela à Reuters.

A CCR, cuja sócia Andrade Gutierrez está negociando a venda de sua fatia de 14,9% para o grupo peruano Aenza, segundo disseram fontes à Reuters, venceu em outubro o leilão da concessão da via Dutra, que já administra desde 1996, pagando uma outorga de R$ 1,77 bilhão para ter o direito de operá-la por mais 30 anos.

Do terceiro para o quarto trimestre, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado da companhia subiu de 2,4 para 3 vezes.

Fonte: https://aovivo.folha.uol.com.br/mercado/2022/02/01/6099-bolsas-dolar-e-empresas-acompanhe-ao-vivo-o-mercado.shtml#post413258

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