G1 – A concessionária responsável pela obra da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, disse nesta sexta-feira (18), por meio de nota, que iniciou trabalhos de perícia para conferir a integridade da rede de transmissão de energia.
Para isso, uma cavidade foi aberta paralela à Marginal Tietê, na via local. Os trabalhos devem durar uma semana.
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Quase três semanas após o rompimento de uma tubulação de esgoto inundar a escavação da obra e abrir uma cratera na pista local da Marginal, as causas do acidente permanecem desconhecidas.
O Ministério Público também está com um inquérito aberto para apurar as causas e responsabilidades do acidente. Engenheiros responsáveis pela obra irão prestar depoimento nas próximas semanas.
A empresa Acciona, líder do consórcio que constrói a linha, também investiga o que provocou o acidente, mas avalia que toda a parte eletrônica dos tatuzões, equipamentos responsáveis pela escavação de túneis e que estão submersos na água suja após atingir o supertúnel da Sabesp, foi perdida. Um tatuzão custa, em média, US$ 30 milhões.
A empresa diz que mantém 6.000 funcionários trabalhando e que a construção das 15 estações da Linha 6-Laranja não parou após o acidente.
Não há prazo para a perfuração dos túneis no local do acidente ser retomada e só quando esse trabalho recomeçar é que a Acciona vai poder definir se essa paralisação vai ou não provocar atraso na entrega da linha, prevista para 2025.
Nesta quarta-feira (16), a Sabesp criou uma nova estrutura de tubulação azul para transferir esgoto. Ela é provisória e atravessa ponte da Freguesia do Ó, buscando retirar parte da água suja que invadiu a cratera provocada pelo esgoto do supertúnel que se rompeu.
No local do acidente, a pista local da Marginal Tietê ainda está interditada com tapumes, e a cratera aberta após o acidente foi fechada com argamassa.
Técnicos continuam monitorando a estabilidade da área e uma mistura de cimento com água está sendo usada para preencher eventuais frestas e fissuras que são encontradas após o rompimento do supertúnel de esgoto que passava acima do trajeto feito pelo tatuzão.
Na última semana, o nível de água suja nos poços voltou a subir, o que indicava que mais esgoto continuava a entrar no local.
Na terça-feira (15),o governo do estado disse que o problema já foi resolvido, mas o esgoto voltou a ser retirado do local.
O bombeamento para o outro reservatório é feito a uma velocidade de 80 litros por segundo e vai para três poços. A expectativa é baixar 1 metro a cada 10 horas, com o objetivo de retirar a água e não prejudicar a estrutura de concreto já feita para fechar a cratera.
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