Porto do Açu vai receber R$ 6 bi de investimentos para ferrovia, rodovia e geração de energia

Visão do complexo do Porto do Açu (RJ) — Foto: Divulgação/GNA
Visão do complexo do Porto do Açu (RJ) — Foto: Divulgação/GNA

Valor Econômico – O Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), vai receber R$ 6 bilhões em investimentos em projetos que incluem a construção de um ramal ferroviário, ampliação nos acessos rodoviários ao porto e empreendimentos de geração de energia termelétrica.

O anúncio ocorreu em evento nesta segunda-feira (31) para o lançamento das obras da usina térmica GNA II, segundo projeto de geração termelétrica no porto. A cerimônia contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do governador Cláudio Castro, do ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e do ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, além de autoridades locais.

Durante a cerimônia, ocorreu a assinatura do contrato de autorização ferroviária entre o Ministério da Infraestrutura e o Porto do Açu para a construção de uma ferrovia na região. A previsão é de R$ 610 milhões em investimentos para construção de um trecho de 41 quilômetros que conectará o norte do Estado do Rio à malha nacional.

Essa foi a primeira autorização privada para construção de uma ferrovia no Estado e faz parte do Programa Pro Trilhos, do Ministério da Infraestrutura. A estimativa é que o projeto terá capacidade de escoar 16 milhões de toneladas, sendo 8 milhões de toneladas de grãos.

Também na tarde de hoje, o presidente do Porto do Açu, José Firmo, entregou os estudos técnicos de engenharia necessários para a licitação das obras de ampliação das rodovias de acesso ao Porto do Açu, orçados em R$ 396 milhões. O projeto faz parte do pacote de investimentos em infraestrutura Pacto RJ, lançado pelo governo do Estado.

Usina
A usina de GNA II receberá R$ 5 bilhões em investimentos, a maior parte do valor anunciado hoje. O empreendimento terá 1.623 megawatts (MW) de capacidade e está prevista para começar a operar ao fim de 2024.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o investimento feito na termelétrica é resultado de um ambiente de negócios que tem segurança jurídica e regulatória. “Foi isso que viabilizou a GNA II”, disse o ministro. Segundo ele, os investimentos não ocorreriam no período dos últimos 15 anos, quando a Petrobras foi “assaltada”. Bento Albuquerque disse que graças ao “esforço coletivo de todos” foi possível adicionar mais de 250% de geração em relação ao que estava previsto.

Após a entrada em operação da segunda unidade, o complexo será o maior da América Latina em geração térmica, e contará com capacidade instalada de 3 gigawatts (GW). Os projetos são abastecidos por um navio regaseificador, o FSRU BW Magna, com capacidade de regaseificação de 28 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia) de gás natural.

Os projetos termelétricos no Porto do Açu são operados pela operada pela Gás Natural Açu (GNA), joint venture formada pela petroleira BP, Siemens, SPIC Brasil e pela Prumo Logística, controlada pelo EIG. De acordo com o presidente da GNA, Bernardo Perseke, o projeto da ferrovia na região também é uma oportunidade para que o porto se transforme em um hub de gás.

“A ferrovia anunciada aqui hoje nos permite sonhar com colocar GNL [gás natural liquefeito] sobre trilhos. Os mesmos vagões que trarão grãos para o Porto do Açu poderiam retornar com GNL, fazendo com que o gás chegue aonde a malha de transportes ainda não chegou. É o verdadeiro ‘gás para todos’”, disse Perseke.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/01/31/porto-do-acu-vai-receber-r-6-bi-de-investimentos-para-ferrovia-rodovia-e-geracao-de-energia.ghtml

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