Venda de fatia da Andrade Gutierrez na CCR prevê manutenção de acordo de acionistas

Andrade Gutierrez — que ainda precisa vender a participação na CCR para quitar dívidas — vem buscando um comprador, por meio do processo conduzido pelo BTG — Foto: Divulgação/Rachid Waqued
Pedágio na CCR MSVia — Foto: Divulgação/Rachid Waqued

Valor Econômico – O processo de venda da fatia da Andrade Gutierrez (AG) na CCR, que está sendo conduzido pelo BTG Pactual, prevê a manutenção do atual acordo de acionistas do grupo, cujo bloco de controle é formado por AG, Mover Participações (Camargo Corrêa) e Soares Penido.

Na semana passada, o grupo peruano Aenza (antiga Graña y Montero), controlado pela gestora IG4 Capital, apresentou uma oferta para adquirir a fatia, de 14,9%. A operação foi noticiada pela agência “Reuters” e confirmada pelo Valor com fontes de mercado.

O processo de venda, porém, ainda deverá ter outras etapas e outras propostas. Os interessados têm, a princípio, até este sábado (19) para se apresentar. Depois, ainda haverá uma etapa de diligências internas.

A peruana Aenza é controlada pela gestora IG4 Capital, fundada por Paulo Mattos, desde setembro de 2021. A IG4 já havia tentado comprar a participação da Andrade Gutierrez na CCR ao longo do ano passado. Os grupos chegaram a firmar um acordo preliminar, que previa um pagamento de até R$ 5 bilhões. Porém, este foi desfeito em novembro de 2021.

O negócio não foi adiante após alguns requisitos para a conclusão da operação não serem cumpridos – a compra dependia de um acordo com os credores da AG e com os demais acionistas da CCR, Mover e Soares Penido. Para a IG4, era essencial uma mudança no acordo de acionistas para garantir uma gestão ativa por parte da empresa na CCR.

Desde que as conversas foram encerradas, a Andrade Gutierrez — que ainda precisa vender a participação na CCR para quitar dívidas — vem buscando um comprador, por meio do processo conduzido pelo BTG. Além da Aenza, o banco Opportunity estaria interessado no ativo, segundo a Reuters.

A peruana Aenza é um dos maiores grupos de infraestrutura da América Latina. Hoje, a principal atividade é a construção, mas o objetivo da IG4 é transformar a companhia em uma holding de infraestrutura. O grupo já tem ativos importantes, como a concessão do metrô em Lima e de três rodovias.

A empresa, que atua no Peru, Chile e Colômbia, tem ações listadas na Bolsa de Valores de Lima e negocia American Depositary Receipts (ADRs) na Bolsa de Valores de Nova York. Para a aquisição da CCR, a empresa teria acesso tanto ao mercado de capitais quanto a crédito com instituições estrangeiras.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/02/15/venda-de-fatia-da-andrade-gutierrez-na-ccr-preve-manutencao-de-acordo-de-acionistas.ghtml

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