Valor Econômico – Cerca de 45% do resultado operacional (Ebitda) da Cosan não está exposto à demanda local e a ambição do grupo é elevar essa fatia, ampliando sua exposição a “moeda forte”, disse o presidente da companhia, Luis Henrique Guimarães.
“Hoje, 45% do Ebitda não está dependente da demanda local, e a gente acha que é importante elevar isso”, disse o executivo, durante apresentação no Cosan Day.
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Conforme o executivo, o grupo é otimista em relação ao Brasil, apesar dos desafios de curto prazo, e acredita que o país tem vantagens estruturais que podem beneficiá-lo no processo de reindustrialização que deve ocorrer nas Américas e na Europa.
“O Brasil está bem posicionado para isso. Não obstante, estamos olhando oportunidades de como ligar isso cada vez mais com a demanda não local”, reiterou, acrescentando que o grupo também seguirá olhando oportunidades de consolidação no país e de novos negócios partindo de seu ecossistema.
“Todos os nossos negócios estão bem posicionados para capturar as oportunidades com as mudanças geopolíticas e climáticas que estão acontecendo”, afirmou.
O grupo deve terminar 2022 com Ebitda sob gestão de cerca de R$ 22 bilhões, com crescimento de mais de cinco vezes em dez anos. Segundo o vice-presidente de estratégia, Marcelo Martins, elevar a exposição do grupo a moeda forte não significa, necessariamente, buscar ativos fora do país.
Questionado sobre a escassez energética no mundo, Guimarães afirmou que o estresse máximo deste momento é temporário, em meio aos impactos da pandemia de covid-19, guerra na Ucrânia e rupturas na cadeia logística global.
Nesse ambiente, observou, pode haver inclusive oportunidades para grupos que estejam melhor posicionados. “Isso fará com que alguns competidores se reposicionem e podem surgir oportunidades, porque não é simples gerir [um negócio] num ambiente volátil como esse”, comentou.
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