O Globo – O Grupo CCR, que controla várias concessionárias de transportes e infraestrutura no país, informou na noite de hoje que o seu diretor-presidente, Marco Antonio Souza Cauduro, pediu demissão. Segundo a empresa, o motivo se deve a “questões de foro pessoal”.
Em fato relevante divulgado ao mercado, a companhia afirmou que ele apresentou hoje sua carta de renúncia, que foi aceita pelo Conselho de Administração. O pedido foi feito um dia depois de a CCR ficar fora do leilão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao deixar de entregar envelope com proposta para o certame que será realizado na próxima quinta-feira, conforme adiantou a coluna Capital, do GLOBO. O prazo se esgotou ontem.
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A CCR era apontada como a principal interessada em comprar o aeroporto, considerado o mais rentável do Brasil, mas que acabou recebendo apenas uma oferta. Segundo fontes, a empresa ficou fora do leilão porque não foi autorizada pelo conselho a fazer o lance em meio às incertezas econômicas e políticas do momento.
O executivo dirigiu a empresa por dois anos e meio, período em que a CCR foi bastante ofensiva em leilões de concessões, particularmente nos de aeroportos. A empresa foi a principal vencedora da 6ª rodada de licitação da aeroportos, na qual conquistou 15 terminais. A empresa também foi a vencedora da licitação do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Também na gestão de Cauduro a CCR conquistou um novo contrato para seguir administrando a Nova Dutra, que liga o Rio a São Paulo, e também ganhou a concessão das linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Neste último negócio, a empresa vem enfrentando dificuldades operacionais, como mostrou reportagem do GLOBO em junho.
A CCR informou no comunicado ao mercado que ” inicia imediatamente um período de transição, coordenado pelo Conselho de Administração, e o processo de sucessão avaliando talentos internos e candidatos do mercado”. Cauduro ainda atuará na empresa durante esse processo de transição.
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