Diário dos Trilhos – O Governo do Estado de São Paulo anunciou que celebrou nesta quarta-feira, 28 de setembro de 2022, um acordo com a concessionária de transporte ferroviário no estado, a Rumo, obtendo uma anuência prévia para efetuar a licitação do Trem Intercidades.
A nova linha tem como objetivo ligar a cidade de Campinas até São Paulo de maneira rápida e com preço atrativo.
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Segundo o governador, Rodrigo Garcia, agora a sua gestão deixará todas questões burocráticas prontas para que no primeiro semestre de 2023 seja iniciada as obras.
“O nosso compromisso é deixar toda a questão burocrática pronta para que as obras do Trem Intercidades possam começar ainda no primeiro semestre de 2023, ligando São Paulo a Campinas com um novo ramal exclusivo de passageiros”, afirmou Rodrigo. “O documento da Rumo fortalece ainda mais nosso desejo de liberar a licitação o mais rápido possível.”
A anuência é assinada pela presidência da Rumo e pela vice-presidência regulatória e institucional da empresa. A concessionária reconhece a necessidade do uso de bens vinculados à Malha Paulista para viabilizar o Trem Intercidades e também autoriza a criação de vias segregadas de passageiros e de cargas entre Jundiaí e Campinas.
Agora o Governo do Estado aguarda a formalização do convênio por parte do Ministério da Infraestrutura para lançar o edital de concorrência do Trem Intercidades.
SOBRE O PROJETO
Denominado “Projeto TIC Eixo Norte”, será a concessão da Linha 7-Rubi e a criação de outros dois serviços ferroviários que levarão o trem urbano até a cidade de Campinas, sendo eles o TIC (Trem Intercidades) e o TIM (Trem InterMetropolitano), com investimento de aproximadamente R$ 10 bilhões.
O vencedor na ocasião, terá o tempo de 30 anos de contrato para fazer a exploração do sistema como um todo, e para assinar tal contrato, comprovar experiência na operação de transportes ferroviários.
De acordo com o então secretário dos Transportes, Alexandre Baldy, existem projeções de fases futuras para o Trem Intercidades chegar em Sorocaba, Americana, Rio Claro, São José dos Campos e em Santos, no litoral, ainda sim sem data definida, ficando como outros projetos para o futuro.
Segundo as premissas do Trem Intercidades, o transporte de passageiros e de carga deverá ser segregado, separando suas operações para evitar que as vias sejam compartilhadas, o que impacta no tempo de viagem e causa transtornos aos passageiros.
Para isto, o novo concessionário e a MRS Logística vão trabalhar em conjunto para elaborar e implantar uma via exclusiva de trens de carga no trajeto, em paralelo durante as obras, também a criação de uma via exclusiva do TIC ao lado das vias do trem convencional (trem parador).
Para melhor entendimento, veja abaixo como será cada um destes três meios de transporte:
* Trem Intercidades:
– 101 km de extensão com três estações (Palmeiras-Barra Funda, Jundiaí e Campinas);
– tempo de viagem aproximado de uma hora e quatro minutos;
– trem com capacidade para transportar 800 passageiros sentados em uma composição diferente da tradicional, prevendo contar com serviço de bordo.
* Linha 7-Rubi:
– 35,2 km de extensão no trecho entre Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato;
– projeto prevê um intervalo médio entre os trens de 4 minutos, mas buscando chegar a 3 minutos, em 50 minutos de viagem o tempo total.
– cada trem tem a capacidade de transportar 2 mil passageiros em pé e sentados em cada viagem.
* Trem InterMetropolitano:
– extensão de 65,8 km com nove estações, sendo as já existentes entre Francisco Morato e Jundiaí e acrescentando as estações de Valinhos, Louveira, Vinhedo e Campinas;
– a estimativa é de um intervalo médio entre os trens de 15 minutos nos horários de pico e um tempo total de 55 minutos a viagem;
– o transporte de passageiros por trem é similar ao da Linha 7-Rubi, 2 mil passageiros em pé e sentados.
O TIC contará com um total de 15 trens novos de alta capacidade de velocidade, podendo chegar a 140 km/h, maior conforto e com serviço de bordo (previsão) para concluir na média de em uma hora o trajeto entre a Barra-Funda e Campinas.
Estes novos trens elétricos deverão ser comprados e foi escolhido o trem elétrico e não o transporte a diesel, para também contribuir com uma menor emissão de gases poluentes e uma menor agressão ao meio ambiente.
A tarifa será um valor maior, mas equivalente ao pago no transporte rodoviário, podendo chegar ao preço máximo de R$ 55,30, mas não será compatível com a operação da Linha 7-Rubi e TIM, ou seja, os outros dois serviços vão ter a tarifa igual as demais linhas de trem e Metrô, atualmente este valor é de R$ 4,40.
Além da receita tarifária, o concessionário poderá obter receitas financeiras com outras formas como o aluguel de espaços físicos nas estações, espaços de publicidade, estacionamentos para veículos, entre outros.
Veja abaixo uma imagem que explica como será o plano de vias segregadas para evitar problemas de trens de carga e passageiros juntos na mesma via:
Acho que deveria ser Jundiaí – Sorocaba – Barra Funda