Valor Econômico – A primeira máquina de papel do projeto Puma II, da Klabin, rodou levemente acima do esperado nos 12 primeiros meses de sua operação. A meta da empresa era atingir 70% da capacidade nominal de 450 mil toneladas e, na terça-feira (30), quando completou um ano de funcionamento, o índice chegou a 74%.
“Ficamos um pouco acima do planejado. A máquina cumpriu o volume prometido”, afirma o diretor de Papéis da companhia, Flávio Deganutti. Com 100% da produção já vendida, a MP 27, instalada em Ortigueira (PR), já proporcionou vendas de 330 mil toneladas de um tipo especial de papel, usado em embalagens de papelão.
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A MP 27 está dedicada à produção do Eukaliner, o primeiro papel kraftliner do mundo feito exclusivamente com celulose de eucalipto – o que garante um ganho de leveza da ordem de 10%.
Conforme Deganutti, a aceitação do Eukaliner nos clientes foi mais rápida do que o esperado. Hoje, cerca de 50% do papel produzido é usado nas caixas de papelão da própria Klabin e o restante, vendido a clientes na América do Sul, sobretudo os exportadores de frutas, legumes, verduras e proteínas, nos Estados Unidos e na Europa.
Para o segundo ano de operação, a meta para a MP 27 é alcançar 95% da capacidade instalada, chegando a 100% no terceiro ano.
Conforme o executivo, com os sinais de melhora da economia brasileira e queda da inflação, a expectativa é de demanda saudável de caixas de papelão no mercado doméstico neste segundo semestre. Já no mercado externo, a acomodação das grandes economias já se refletiu em leve queda do consumo e, consequentemente, alguma correção de preços.
Por possibilitar mais leveza à embalagem, o Eukaliner é comercializado com prêmio sobre o kraftliner comum. “O pedaço mais visível é a leveza no transporte, mas há também uma pegada de sustentabilidade, já que sua produção requer menor área florestal e, nas máquinas de conversão, menos energia térmica”, explica.
A Klabin está investindo R$ 12,9 bilhões no projeto Puma II, que contempla ainda uma máquina de cartões. A MP 28 já superou 50% de construção e deve entrar em operação no segundo semestre de 2023.
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