Valor Econômico – Maior produtora de celulose de mercado do mundo, a Suzano pode fechar nova operação financeira ainda em 2022 com vistas a alongar o prazo médio da dívida, hoje de sete anos, e fortalecer a estrutura de capital, via diversificação. Em linha a essa estratégia, a companhia firmou nesta semana dois financiamentos com o BNDES, que totalizam R$ 2,31 bilhões e têm prazo médio de 11 anos.
Hoje, pouco mais de 60% da dívida da empresa está relacionada ao mercado de capitais. “Estamos olhando outras operações, também de longo prazo, com fontes diversificadas de funding”, disse ao Valor o diretor de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da companhia, Marcelo Bacci.
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Conforme o executivo, as negociações com o BNDES tiveram início há cerca de um ano e, embora a Suzano esteja executando programa de investimentos robusto com recursos próprios, seguiu monitorando as alternativas de mercado.
“O prazo, no caso do BNDES, é bom. Para um setor de ciclo longo, ajuda a manter a estrutura estável”, comentou. Os recursos serão desembolsados pelo banco de fomento nos próximos três anos.
A linha que será destinada às instalações industriais, de R$ 658,65 milhões, tem prazo de dez anos e custo de TLP (taxa de longo prazo) mais 1,75% ao ano. Os recursos serão aplicados nas fábricas de Jacareí (SP), Limeira (SP), Suzano (SP), Aracruz (ES), Três Lagoas (MS), Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), em projetos contemplados em um plano de investimentos que soma R$ 1,18 bilhão.
Já o financiamento de R$ 1,66 bilhão, com foco nas operações florestais, tem prazo de 15 anos e taxa de TLP mais 1,65% ao ano.
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