Soldagem elétrica no trilho

Unidade Móvel de Solda Elétrica da Holland será produzida no Brasil. Foto: Divulgação/Loram do Brasil
Unidade Móvel de Solda Elétrica da Holland será produzida no Brasil. Foto: Divulgação/Loram do Brasil

Loram fecha parceria com a Holland para oferecer novo serviço de full service para as ferrovias brasileiras

A Loram do Brasil fechou parceria com a Holland, empresa norte-americana de equipamentos de via, para oferecer serviços de soldagem elétrica de trilhos para as ferrovias brasileiras. O objetivo é firmar contratos de longo prazo no modelo full service, a exemplo do que foi feito com a Rumo, para o esmerilhamento de trilhos nas malhas Norte e Paulista. Assinado em 2022, o acordo prevê por parte da Loram a execução do serviço, a disponibilização da esmerilhadora e a manutenção técnica do equipamento pelos próximos 15 anos.

O modelo de operação a ser oferecido em parceria com a Holland é parecido. A Loram do Brasil pretende não só disponibilizar a Unidade Móvel de Solda Elétrica para os clientes, como também fabricá- la no país, por meio de parcerias com players especializados na produção de veículos rodoferroviários. Nesse processo, a Holland ficará responsável por trazer a tecnologia de soldagem e os sistemas de controle do equipamento.

Equipamento que faz a solda elétrica no trilho. Foto: Divulgação/Loram do Brasil
Soldagem elétrica é benéfica para o trilho, diz Loram

“Queremos oferecer um modelo de contrato em que a Loram do Brasil presta o serviço, uma vez que tem esse know-how na manutenção de trilho, enquanto a assistência técnica do equipamento e gerenciamento fica a cargo da Holland”, explica o diretor geral da Loram do Brasil, Murilo Martins. A expectativa é que uma unidade móvel seja fabricada no Brasil ainda esse ano, para que esteja disponível para operação em 2024. “Já estamos em conversas com alguns clientes”, afirmou Martins.

Mais vantajosa

A aposta no serviço de soldagem elétrica foi motivada pela alta demanda na manutenção de via pós-renovações antecipadas das concessões e pela chegada de projetos que envolvem a construção de novas ferrovias. A soldagem evita desníveis no trilho, melhorando a eficiência da via e a segurança da operação. A escolha pelo modelo elétrico, ao invés da soldagem aluminotérmica (mais comum no Brasil), foi intencional. Segundo o diretor técnico da Loram do Brasil, Marcelo Almeida, trata-se de um processo de soldagem mais vantajoso em termos de qualidade.

“Ao contrário do processo aluminotérmico, em que a soldagem de trilhos é muito suscetível a defeitos relacionados à solidificação que afetam diretamente as propriedades mecânicas e a dureza da solda, a soldagem elétrica, também chamada de flash-butt, não requer material adicional. O resultado disso é mais confiabilidade e durabilidade do trilho, aumentando a disponibilidade e segurança operacional nas ferrovias”, explica.

A Holland já atua no Brasil com a venda de equipamentos. Entre os principais clientes estão construtoras, que oferecem serviços de manutenção de via com uma frota própria de máquinas. Já a MRS adquiriu, em 2011, duas Unidades Móveis de Solda Elétrica da marca norte-americana. A Holland atua em 36 países e tem mais de 200 unidades de soldagem de trilho operando atualmente em nível mundial.


Prumo

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