G1 – A reportagem especial do Fantástico revelou flagrantes de um crime que está acontecendo a caminho do Porto de Santos, o maior do Brasil. Trens que carregam toneladas de soja estão sendo saqueados, gerando pânico em quem trabalha nas ferrovias
No meio do problema, solitário, está o maquinista. Ele puxa 100, 120 vagões abarrotados de mercadorias valiosas. E não tem nem o poder, nem o dever de combater os assaltos.
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“Eu sinto pânico, porque eu não sei o que tá acontecendo lá atrás na composição”, diz o maquinista que não quis ser identificado.
“Imagina só você entrando em serviço, com oito horas de trabalho, vai passar nas áreas críticas, seu trem sofre vandalismo, você não pode sair da locomotiva. Ocorreu situação de falarem com o maquinista pelo rádio, na frequência dos rádios, nas locomotivas. Você entra na faixa da locomotiva pra falar pro maquinista parar e ameaçar o maquinista”, diz Rogério dos Santos, do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias.
“É uma profissão que eu gosto desde pequeno. Vamos dizer que é uma paixão, né? Mas nos dias de hoje, está virando um pesadelo”, lamenta o maquinista.
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