Para Bernardo Figueiredo, modelo de autorização garante mais atratividade para o projeto de trem de alta velocidade Rio-São Paulo
A autorização dada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no último dia 23 de fevereiro, para a construção de uma ligação ferroviária de alta velocidade entre as duas maiores capitais do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, surpreendeu todos que acompanharam de perto a ascensão e o fracasso de uma das grandes promessas das gestões petistas no passado. O trauma da não concretização do trem-bala pode explicar a rapidez com que o atual governo tratou de afirmar que não tem interesse nele no momento. Para a TAV Brasil, agora autorizatária do trecho, o fato de o novo projeto não ter qualquer amarra pública é o que faz aumentar a convicção de que, dessa vez, o trem de alta velocidade Rio-São Paulo poderá (finalmente) sair do papel.
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O desafio, no entanto, continua enorme. E agora está focado na questão da financiabilidade de um projeto que precisa se tornar realidade de forma 100% privada, com estimativas (por alto) de custos de R$ 50 bilhões. Os estudos de engenharia, que têm previsão de ficarem prontos no final do ano que vem, vão refinar esses valores e os detalhes de extensão e infraestrutura. O fato é que com capital social de R$ 100 mil, a TAV Brasil sabe que o projeto depende da chegada de investidores dispostos a encarar sua complexidade.
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