Tribuna da Bahia – Sete anos e meio após ser lançado como um grande projeto que traria mobilidade e conforto para o Subúrbio Ferroviário, o projeto do veículo leve sobre trilhos (VLT) de Salvador ainda não foi concretizado.
O objetivo que era substituir o trem do subúrbio, ampliando o trajeto e as paradas para 21, entre a Avenida São Luís, em Paripe, e o Comércio, continua estagnado. Audiências já ocorreram com moradores da região, onde o governo estadual, à época, prometeu a concretização do VLT para o mais rápido possível.
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A demora da obra tem trazido diversos transtornos e prejuízos aos moradores do |Subúrbio. Além de não cumprir com o prometido, a população que utilizava o trem, por apenas R$ 0,50, passar a gastar uma tarifa de ônibus de R$ 4,90. “Muita gente perdeu o meio de sobrevivência. As obras não andam, a gente não tem informação nenhuma oficial por parte de ninguém, os canteiros de obras estão abandonados, já está cheio de mato”, diz a mobilizadora e moradora do Lobato, Matilde Oliveira, 63 anos.
Na última quinta-feira (20), moradores realizaram um protesto cobrando informações sobre a paralisação da obra e pedindo que alguma medida fosse tomada “Estamos sendo prejudicados A obra foi prometida em 2016, e até agora nada. Pescadores, marisqueiras, operam seu meio de sobrevivência pois usavam o trem para levar os produtos até a Feira de São Joaquim”, afirma Ednilson Souza, 47.
Ainda conforme Matilde, o trem atendia o Subúrbio inteiro. “Fica um pouco distante, é um grande prejuízo, um peso no bolso passar de 50 centavos para 4,90. Pescadores e e marisqueiras agricultura , Simões Filho, vender manga, marisco, frutas, aipim. Era uma grande movimentação”, acrescentou.
Em 2016, à época do secretário da Casa Civil Bruno Dauster , disse que o VLT era mais “estava apresentando para a sociedade a primeira modelagem do VLT do Comércio até São Tomé de Paripe, através de uma estrutura de Parceria Público-Privado, e que, em uma segunda etapa, poderá fazer uma articulação direta com o metrô, seja no Retiro, com uma ligação Santa Luzia-Retiro, seja na Lapa, com uma ligação Comércio-Lapa”. A promessa está emperrada, até então. “Quem está sofrendo somos nós, trabalhadores, pessoas pobres, que tínhamos o trem como mobilidade urbana e barata. Agora estamos sofrendo, Muita gente mudou o meio de sobrevivência, se mudou. Está impossível”
Dauster disse ainda que o projeto entra em uma fase de diálogos constantes com todos os interessados, para que eles conheçam o projeto e o governo saiba quais são as intenções e demandas dos investidores.
Fonte: https://www.trbn.com.br/materia/I86533/apos-sete-anos-vlt-de-salvador-ainda-nao-foi-concretizado
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