CNN Brasil – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende lançar, em outubro, um Plano Nacional de Ferrovias que inclui o resgate do transporte ferroviário de passageiros entre suas ações.
Estudos de viabilidade técnica e econômica para a implementação de sete linhas de trens regionais devem ser divulgados no âmbito do novo plano. A ideia do Ministério dos Transportes, segundo apurou a CNN, é executar esses projetos por meio de parcerias público-privadas (PPPs).
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Os sete projetos são:
- Brasília (DF)-Luziânia (GO)
- Maringá-Londrina (PR)
- Pelotas-Rio Grande (RS)
- Duque de Caxias-Itaboraí-Niterói (RJ)
- Salvador-Feira de Santana (BA)
- Fortaleza-Sobral (CE)
- São Luís-Itapecuru Mirim (MA)
O governo pretende aproveitar ferrovias existentes para o transporte de cargas, mas que hoje estão subutilizadas ou até mesmo em estado precário de manutenção, com o objetivo de implementar as futuras linhas de passageiros.
Para isso, será preciso fazer investimentos bilionários na recuperação e modernização das estradas de ferro. A possibilidade aventada pelo ministério é usar recursos oriundos da renovação das concessões de ferrovias de cargas, como a Malha Paulista, controlada pela Rumo.
Em um primeiro momento, fala-se na utilização de cerca de R$ 600 milhões dos pagamentos a serem feitos pela Rumo. Procurado, o Ministério dos Transportes não quis se manifestar sobre o assunto.
O investimento, na realidade, seria muito maior. Esses recursos iniciais, no entanto, são vistos como um possível aporte inicial do governo nas PPPs dos trens de passageiros.
Atualmente, além de trens de turismo em distâncias curtas, existem apenas duas linhas regulares de passageiros: a Estrada de Ferro Vitória-Minas, entre Belo Horizonte e a capital do Espírito Santo, e a Estrada de Ferro Carajás, entre São Luís (MA) e Parauapebas (PA).
Ambas são ferrovias voltadas essencialmente ao transporte de cargas, controladas pela Vale, mas com vagões dedicados ao transporte de passageiros em algumas viagens semanais.
Política nacional
Junto com o anúncio dos estudos para as sete linhas, o governo deverá publicar em outubro um decreto com a Política de Transporte Ferroviário de Passageiros.
Uma minuta da política foi colocada em consulta pública, no fim do ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Houve contribuições de interessados e agora o documento final está sendo preparado.
O decreto vai estabelecer diretrizes, princípios e objetivos para os novos trens de passageiros. De acordo com a minuta, os estudos e a estruturação dos projetos deverão considerar pontos como tarifas, publicidade, subsídios e exploração imobiliária no entorno das estações para garantir a sustentabilidade econômico-financeira das futuras linhas.
Outros projetos
Os estudos a serem anunciados pelo Ministério dos Transportes se somam a outro grande projeto, com leilão previsto para janeiro de 2024, do governo de São Paulo: o Trem Intercidades (TIC).
O TIC deve percorrer cerca de 100 quilômetros, entre São Paulo (Barra Funda) e Campinas, no intervalo de 64 minutos. O percurso ainda terá uma parada em Jundiaí.
O projeto do governo paulista entrou no Novo PAC, lançado no mês passado, porque tem apoio da União em financiamentos internacionais que totalizam cerca de US$ 700 milhões.
O empréstimo foi negociado pela equipe do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
O objetivo de Tarcísio não é obter recursos federais para o TIC, mas garantir aval ao financiamento pela Cofiex, comissão interministerial que precisa avaliar operações de crédito externo feitas por entes federativos.
Esqueceram de incluir o Trem Inter cidades ligando Sorocaba a São Paulo.
Sem dúvida a volta de trens de passageiros sem dúvida importante , falta investimentos neste modal e vontade política para tanto , demanda haverá sem dúvida
A maioria dos comentários já destacaram: é mais do mesmo, cortina de fumaça de estatistas demagogos. No máximo alguns contratinhos de estudos e projetos que cabem dentro de emendas do “orçamento ultra-secreto”.
Duque de Caxias – Itaboraí, no RJ está com parte do trecho até Magé cedido a Supervia e o restante sem trilhos. De Itaboraí a Niterói igualmente sem trilhos, sendo esse trecho transferido a estatal do RJ Rio Trilhos para implantação da linha 3 do metrô.
Ou seja, o Governo Federal nem sabe o que quer… Não vai ter trem de passageiros nesses trechos NUNCA!
Matéria/Projetos requentados, em resumo papel aceita tudo alguém viajou na maionese no “tal Governo” Um exemplo esse trem entre Londrina e Maringá (Trem pé vermelho ) já ressuscitou umas 07 vezes, sempre perto de eleições ou para lançar Projetos Natimortos. Lembro que esse trecho e bem movimentado, pois por ele passa uma enorme quantidade de grãos que tem seu destino o Porto de Paranaguá. Para que se concretize primeiramente será necessário construir uma linha segregada da atual na faixa de domínio da ferrovia, ai quem sabe o tal projeto saia do papel. Mas para isso haverá a necessidade de uma quantia BEM na casa de 1 bilhão e 650 milhões de reais. Outro detalhe e o estudo de viabilidade.
A esquerda e seu velho método. Aos poucos vão voltando as empreiteiras atoladas na corrupção; agora com outros nomes pra não chamar a atenção. Trazem de volta os velhos projetos que nunca deram certo, como o famigerado TAV que Dilma inventou e criou até uma estatal para ele. O Brasil precisa primeiro acabar com metade dos caminhões hoje nas estradas, jogando para o transporte por ferrovias. Isso eliminaria metade de nossos problemas. O caminhão ficaria para pequenas e curtas distâncias e lugares sem acesso por ferrovias. Nossas linhas transportam basicamente minério e grãos. É preciso incentivar o transporte de carga geral e só depois pensar em trens intercidades e alguns interestaduais. Achar que toda e qualquer ferrovia hoje existente pode transportar passageiros é absurdo, pois são lentas devido ao seu traçado antigo com raios de curvas pequenos e rampas. Isso torna o trem lento. As mais modernas ou modernizadas, foram construídas com linhas singelas, dificultando a compatibilidade de carga e passageiros. Não temos condições de duplicar nossas linhas dentro de cidades e entre elas, pois basicamente todas, invadiram as faixas de domínio, devido a políticas erradas de ocupação de áreas urbanas. As linhas foram retiradas de dentro das cidades (absurdo) para dar lugar a ruas e avenidas. Portanto, aquela velha estrutura de ferrovias que tínhamos até os anos 50, desapareceu por completo. Poderiam ter sido modernizadas, mas não, foram erradicadas. Agora, só nos resta as linhas de longa distância para carga geral (o que já salvaria o Brasil) e não vejo a possibilidade de linhas de passageiros, que não seja de turismo, pois o povo brasileiro não tem mais a cultura do trem como meio de transporte a longa distância. Hoje preferem o carro, o ônibus e o avião. Tarcísio Gomes de Freitas estava no caminho certo no governo Bolsonaro, mas o Brasil preferiu trazer de volta, o projeto que não dá certo.
Parece que estou lendo um artigo de 2001…
Concordo com o Senhor !!
O Absurdo total, a recuperação não começar pelas ferrovias existentes que ligam BH, terceira capital do pais, à Brasilia, e à primeira e à segundas cidades brasileira, São Paulo e Rio, quando as linhas se encontram em plena utilização, só que nas mãos da Vale, que através da FCA e da MRS as transformaram em esteira transportadoras de minério. Por que não se começar por onde com certeza haverá demanda? Por não interessar à Vale?
Além do próprio Trem, deve-se considerar a sua conexão e integração com os transportes públicos locais das cidades atendidas – condicionando-se os projetos aos trechos em que realmente exista demanda potencial.
Somos um país-continente, populoso, com uma grande necessidade por trens regionais de passageiros. Porém isso requer estudos ponderados e projetos realistas.