50 anos no Brasil

Planta foi inaugurada com a presença do prefeito de Hortolândia, José Gomes (à esq.), representantes da Plasser & Theurer, Fotos: Divulgação Victor Araújo (centro), e o embaixador Stefan Scholz
Planta foi inaugurada com a presença do prefeito de Hortolândia, José Gomes (à esq.), representantes da Plasser & Theurer, Fotos: Divulgação Victor Araújo (centro), e o embaixador Stefan Scholz

Plasser comemora cinco décadas no país com jantar para clientes e nova unidade em Hortolândia

Os 50 anos da Plasser do Brasil foram comemorados em grande estilo nos dias 24 e 25 de agosto, em São Paulo. Uma comitiva de executivos da Plasser & Theurer veio da Áustria, sede da empresa, para prestigiar os dois eventos organizados para celebrar as cinco décadas da unidade brasileira. O primeiro foi um jantar de gala no rooftop do hotel JW Marriot, na capital paulista, dedicado ao encontro com clientes e parceiros de negócios da Plasser do Brasil. O segundo, a inauguração oficial de uma nova unidade de manutenção de máquinas de via, em Hortolândia.

O jantar contou com a presença de autoridades, como o embaixador da Áustria no Brasil, Stefan Scholz, o cônsul da Áustria, Günther Sucher, o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo, Jorge Luiz de Lima, o secretário e Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Inovação de Hortolândia, Dimas Pádua, além do presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate. Entre os clientes, representantes de construtoras ferroviárias e de operadoras de cargas, como VLI, Rumo e MRS.

Em seu discurso, o diretor- -executivo da Plasser do Brasil, Victor Araújo lembrou de quando foi convidado a participar do processo seletivo para a direção da empresa, em 2019. “Esse era o desafio profissional sonhado e, como dizem no futebol, era a oportunidade de fazer parte da primeira divisão da indústria. O que eu não sabia é que, além de iniciar uma nova jornada profissional em uma empresa líder, estava me juntando a uma verdadeira família”, disse, ressaltando que “o mundo Plasser” é diferente de todos os ambientes corporativos nos quais esteve presente. “Aqui a liderança é efetivamente participativa, presente e acessível”.

Sobre chegada da empresa ao Brasil, há 50 anos, Araújo destacou a ousadia e o pioneirismo do grupo de austríacos que desembarcou no Brasil com suas famílias, sem pleno domínio do idioma, para implementar uma empresa do zero. “Após 10 anos da chegada ao Brasil, inovaram em sua visão de negócio e inauguraram, em 1983, a planta de Campo Grande, no Rio de Janeiro, onde hoje é a nossa atual casa”. O diretor lembrou dos desafios de prosperar num cenário macroeconômico adverso, que envolveu a crise financeira da década de 1980, quando o Brasil declarou moratória, diferentes políticas monetárias e, por fim, o período da pós-redemocratização. “A Plasser se manteve no país para estar próxima de seus clientes e atender o mercado”.

Cerimônia de abertura da unidade de Hortolândia

A Plasser do Brasil hoje é dedicada à parte de serviços, reformas e manutenção de máquinas de via com o selo Plasser & Theurer. Já a comercialização de novos equipamentos no país é feita através da importadora Comexport. Araújo disse que há intenção da empresa em voltar a fabricar no Brasil. No passado, a Plasser do Brasil produzia equipamentos na planta de Campo Grande. “Essa é uma atividade que queremos voltar a fazer. Com a mudança para São Paulo, estamos melhor preparados para atender com excelência as demandas atuais e futuras dos nossos clientes”. Além da unidade de Hortolândia, a empresa conta com um centro de distribuição regional de peças e componentes em Santa Catarina.

Clientes e parceiros da Plasser do Brasil foram homenageados no jantar
Clientes e parceiros da Plasser do Brasil foram homenageados no jantar

O secretário Jorge Luiz Lima falou, em seu discurso, sobre o plano de reindustrialização pautada pelo governo do estado. “Essa nova industrialização tem como base a produção de energia limpa. São Paulo tem 5,5 mil hectares de plantação de cana-de-açúcar. Somos também o maior exportador mundial de laranja.” Lima destacou o potencial ferroviário do estado. “São 2 mil km de ferrovias em São Paulo. Elas são estratégicas para gente, assim também como o transporte fluvial”.

Nova unidade

Por meio de um galpão alugado da Greenbrier Maxion, cuja fábrica de vagões está localizada no mesmo complexo, a Plasser do Brasil ergueu sua unidade de manutenção e reformas de máquinas de via, em Hortolândia. A estrutura conta com quatro linhas de 110 metros cada para abrigar equipamentos. Técnicos já trabalham na reforma de duas socadoras (Rumo e MRS), duas reguladoras de lastro (também da Rumo e MRS) e dois vagões de rejeito da Rumo. A socadora da MRS e os vagões de rejeito da Rumo estão passando por um processo de overhaul.

“Vim aqui pela primeira vez em janeiro de 2022. Deu um frio na barriga dar esse passo tão grande, afinal tinha na época apenas um ano de empresa. Mas logo entendemos que havia uma demanda latente dos clientes. Rumo e MRS foram os primeiros a trazer máquinas para cá”, afirmou Araújo. A empresa continuará com sua sede administrativa, em Campo Grande, mas toda a manutenção de equipamentos passará a ser feita em Hortolândia, local que logisticamente é mais eficiente para a chegada e saída de máquinas ferroviárias. Nos próximos meses outros equipamentos da Rumo chegarão à unidade.

O CEO da Greenbrier Maxion, Eduardo Scolari, enalteceu a localização estratégica da unidade. “Estamos há oito anos como GBMX e há 20 anos em Hortolândia. É um orgulho para nós ocupar esse espaço há tanto tempo”. O prefeito de Hortolândia, José Gomes, desejou boas-vindas à empresa. “Acolhemos muito bem as empresas que escolhem vir para cá. Temos uma cultura voltada para ferrovia e a marca de cidade inteligente e sustentável. As pesquisas mostram que 95% de nossa população sentem prazer em viver na cidade”.

O embaixador da Áustria no Brasil, Stefan Scholz, relacionou a importância da ferrovia para a descarbonização e economia verde, temas que hoje são caros ao governo brasileiro. “Não se pode falar em transição energética sem levar em conta os benefícios da ferrovia para a redução de emissões”, reforçou.

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