Valor Econômico – O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou nesta quinta-feira (26) na sede da Fiesp que a privatização do Porto de Santos é tema superado. “Estamos definindo a não privatização do porto, e anunciando amanhã [em Santos] uma solução definitiva”, disse.
Deixando de lado a ideia de desestatização, o plano de investimentos desenhado para Santos, que prevê injeção de R$ 13 bilhões em 10 anos, está sendo atualizado e uma nova versão deverá ser apresentada até dezembro, disse Anderson Pomini, presidente do porto.
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Segundo o ministro, que antes de assumir a Pasta já se colocava contra a privatização, a ideia é manter a autoridade portuária e incentivar PPPs e concessões, a exemplo do que ocorrerá no túnel Santos-Guarujá, do projeto de dragagem e de “possíveis ferrovias” que possam ajudar no escoamento da produção.
Costa Filho afirmou ainda que o túnel Santos-Guarujá deve sair do papel, obra esperada há pelo menos cem anos. “Estamos conversando com o ministro Rui Costa e com o Tarcísio [de Freitas] para apresentar a modelagem da obra, que devemos lançar em 2024.”
A obra avaliada em R$ 6 bilhões receberá o maior volume de caixa público, sendo 50% da União e 50% do Estado, que sairá do caixa da autoridade portuária. O modelo está em estudo e será apresentado em breve.
Galeão
Questionado sobre o aeroporto do Galeão, no Rio, o ministro disse que a Pasta “torce” para que a Changi, de Cingapura, fique na administração. Mas há uma discussão jurídica que está nas mãos do Tribunal de Contas da União (TCU).
Já sobre a limitação de voos do Santos Dumont, também no Rio, a ideia é apresentar solução definitiva nos próximos 30 dias. Ele disse que a ideia é estabelecer limite entre 6,5 milhões e 6,8 milhões de passageiros por ano.
Um péssimo ministro com ideias ultrapassadas. A desistência da privatização vai acabar com o porto de Santos. A única coisa que vai acontecer será um crescimento exponencial do número de empregados com a rápida degradação do porto e de sua eficiência.