Valor Econômico – A Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, registrou um lucro líquido atribuído aos controladores da empresa de R$ 480,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 56,7% na comparação com o mesmo período de 2022.
A companhia também teve um aumento de 27% em seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que chegou a R$ 1,8 bilhão, e alta de 7,6% em sua receita líquida, para R$ 3,17 bilhões.
O volume transportado pela companhia no período somou 21,2 bilhões de TKU (tonelada por quilômetro útil), um aumento de 4,4% na comparação anual. O avanço foi impulsionado pela alta dos produtos agrícolas, de 6%. Apesar da queda na movimentação de soja, houve crescimento em farelo de soja, milho e açúcar.
Também houve um aumento no valor das tarifas cobradas, de 10,2% no consolidado. Na Operação Norte, a principal do grupo, a alta foi de 10,8%.
Os custos consolidados diminuíram 2,5%, para R$ 1,9 bilhão, queda puxada pelos menores custos variáveis, que caíram 28,1%, para uma despesa de R$ 707 milhões.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 678 milhões, 10,8% maior do que no mesmo trimestre de 2022.
A dívida líquida do grupo encerrou o trimestre em R$ 9,44 bilhões, uma queda de 2% na comparação com o trimestre anterior. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 1,8 vez, contra 2 vezes no trimestre anterior.
Recompra de ações
A Rumo aprovou a criação de um plano de recompra de ações, que terá vigência de 18 meses, até 10 de maio de 2025, segundo comunicado. A intenção é adquirir até 4,5 milhões de ações, que representam cerca de 0,83% do capital social da empresa. O total de ações em circulação é de 1.219.547.408.
Os recursos usados para a recompra sairão das reservas de capital e de lucros acumulados da companhia, que hoje soma R$ 2,6 bilhões.
“O conselho de administração da companhia entende que a execução desse programa de recompra não afetará a capacidade de pagamento das obrigações assumidas com credores da companhia, tampouco o pagamento de dividendos mínimos obrigatórios. A companhia possui uma posição de liquidez confortável e com um controlado nível de alavancagem, que suportaria a execução do plano de recompra”, disse a empresa, no comunicado.
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