Valor Econômico – O processo para definir quem será o próximo presidente da Vale segue em aberto.
Na sexta-feira (2), o conselho de administração da companhia se reuniu ao longo do dia, no Rio, para tratar da sucessão na mineradora, mas não chegou a um veredito final.
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As discussões vão prosseguir. “Muita água ainda vai rolar”, disse uma fonte.
O colegiado da mineradora deve voltar a se reunir nos próximos dias e o atual presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo, segue no páreo.
Ao que tudo indica, o conselho de administração da Vale, formado por 13 integrantes, segue dividido sobre qual caminho tomar.
Ao longo da sexta-feira (2), diferentes versões surgiram sobre os rumos do processo sucessório daqui para frente, o que demonstra um racha no colegiado.
Os conselheiros fizeram uma avaliação da gestão de Bartolomeo, com pontos positivos e negativos do trabalho que o executivo desenvolve há cinco anos, desde 2019.
O Valor apurou que houve recomendação de abrir um processo competitivo do qual Bartolomeo faça parte.
Por esse sistema, uma empresa especializada em recrutamento de executivos seleciona três candidatos a partir dos quais um será selecionado como CEO.
Além de Bartolomeo, outro nome apontado como potencial candidato é o de Luís Henrique Guimarães, integrante do conselho de administração da Vale e executivo de confiança do empresário Rubens Ometto, dono da Cosan.
Restaria saber quem seria o terceiro nome da lista caso esse processo venha mesmo a ser aberto. E se assim for é possível que surja um candidato de fora da Vale.
Mas pelo que o Valor apurou não houve consenso dentro do próprio conselho de administração da companhia em relação à recomendação de abertura do processo competitivo.
Uma parte do colegiado estaria disposta a formalizar uma proposta de recondução direta para Bartolomeo, inserindo nela sugestões de melhoria que foram feitas pelo conselho.
Entre os pontos listados, estaria a necessidade de aprimoramento na relação institucional com o governo federal, um dos pontos sempre apontados pelos críticos do atual CEO.
O desenho dessas condições seria fechado ao longo do fim de semana e submetido a Bartolomeo na semana que vem para avaliação do executivo.
Se o executivo concordar com os pontos, a renovação seria levada para votação no colegiado em nova reunião extraordinária, talvez na semana que vem.
Mas houve, entre fontes ouvidas pela reportagem, quem colocasse em dúvida essa possibilidade de recondução direta, sem a realização do processo competitivo, o que demonstra como o conselho pensa diferente em relação ao tema.
No momento, segundo apurou o Valor, haveria maioria no conselho em favor de Bartolomeo. Mas o tema tornou-se tão sensível e complexo, envolvido em tantos interesses empresariais e do governo, que fica difícil fazer um prognóstico sobre qual deve ser o desfecho na liderança de uma das maiores companhias brasileiras.
Será preciso esperar os próximos capítulos dessa novela.
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