Valor Econômico – Antigo projeto da MMX, mineradora fundada por Eike Batista, e desativado há sete anos, o Projeto Ferro Amapá deu nesta quinta-feira (11) o primeiro passo para retomada das atividades de mineração no município de Pedra Branca do Amapari (AP), com investimentos estimados em US$ 320 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão ao câmbio atual) entre reativação da mina e da ferrovia usada para escoamento do minério de ferro.
Dona do projeto desde 2019, a DEV Mineração, que pertence à Pedra Branca Alliance, uma joint venture entre a Indo Sino (de Cingapura) e a britânica Cadence Minerals, entregou nesta quinta-feira, à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, os pedidos de reativação das licenças ambientais da mina e da ferrovia que liga Pedra Branca ao Porto de Santana. A DEV está a caminho de encerrar um processo de recuperação judicial.
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Conforme a mineradora, os US$ 320 milhões serão aplicados na reativação da mina e dos 190 quilômetros de trilhos que formam a ferrovia, cujas operações estão paralisadas desde 2019. As atividades no Porto de Santana também estão suspensas, desde 2014. A DEV planeja reconstruir o terminal, numa segunda etapa de investimentos.
A mina em Pedra Branca pode produzir seis milhões de toneladas por ano, com vida útil de 16 anos. A expectativa é iniciar os trabalhos assim que os órgãos ambientais derem seu aval, com a abertura potencial de 1,1 mil postos de trabalho diretos e 2,2 mil indiretos.
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