Valor Econômico – O próximo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, tem uma série de prioridades definidas para quando assumir o cargo, o que está previsto para janeiro de 2025.
“A segurança continuará sendo um pilar, um preceito, com Pimenta”, disse Daniel Stieler, presidente do conselho de administração da Vale.
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No ano que vem, a Vale vai completar dez anos do caso de Mariana (MG), quando uma barragem da Samarco, empresa da qual é sócia junto com a anglo-australiana BHP, se rompeu causando 19 mortes e uma das maiores tragédias socioambientais do país.
Vale, BHP e Samarco vêm costurando um acordo com o governo federal e com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo para encerrar de vez as pendências de Mariana. Pimenta está diretamente envolvido nas discussões. A ideia é fazer um acordo semelhante ao que a Vale fez para pôr um ponto final em outra tragédia, a de Brumadinho (MG), de 2019. As negociações sobre Mariana continuam.
Outra prioridade de Pimenta será garantir estabilidade de produção à companhia, disse Stieler. Depois de Brumadinho, a companhia tem enfrentado dificuldades de cumprir metas estabelecidas para atingir volumes de extração de minério de ferro. No níquel e no cobre, metais importantes para a transição energética, a Vale também tem tido restrições de produção.
Em entrevista ao Valor, Stieler disse que Pimenta é focado em resultado e sabe de onde pode tirar os melhores desempenhos da companhia. O chairman da Vale afirmou ainda que o novo CEO da mineradora precisará dar mais atenção às relações institucionais, agenda que inclui, segundo ele, não só os governos nas três esferas (federal, estadual e municipal), mas todos os públicos de interesse (“stakeholders”).
Stieler também disse que Pimenta poderá avaliar oportunamente eventuais mudanças que queira fazer na diretoria-executiva da Vale.
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