A expansão da malha ferroviária no Brasil tem sido lenta ao longo de todos esses anos. Entra governo, sai governo e as promessas de investimentos seguem acontecendo, mas na prática, o processo tem sido moroso. Oficialmente, pode-se dizer que o País tem cerca de 30 mil quilômetros implantados de trilhos, mas o uso efetivo por parte das concessionárias aponta metade deste número.
Com o anúncio do Novo PAC e a bagatela de R$94 bilhões para que as promessas ferroviárias saiam do lugar e liguem os mais diversos pontos do Brasil, as empresas seguem investindo, otimistas, acreditando que em breve farão valer as aquisições.
A VLI já colocou pra jogo as 12 locomotivas que adquiriu junto à Wabtec por cerca de R$300 milhões. As máquinas circularão pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e, assim, aumentarão sua capacidade de transporte de cargas em 80% no corredor Sudeste da companhia, por onde grãos, açúcar, fertilizantes e outros produtos são escoados por estados como Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
E mais cifras foram movimentadas no País, mas, desta vez para a Transnordestina. A ideia é manter o prazo estabelecido pelo governo federal para sua entrega: 2027. A Superintendência do Desenvolvimento autorizou o Banco do Nordeste a assinar o aditivo para a conclusão do maior projeto em curso no Nordeste, que promete viabilizar o crescimento socioeconômico de toda região.
Pode colocar aí na ponta do lápis um crédito de R$3,6 bilhões da concessionária junto ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Se a obra seguir tão depressa quanto a aprovação do recurso, certeza que o prazo será cumprido. Vamos aguardar e acompanhar.
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