Valor Econômico – A Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, teve um prejuízo de R$ 259 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 1 milhão apresentado no mesmo período de 2023. Na mesma base de comparação, as receitas líquidas cresceram 32,4%, para R$ 3,46 bilhões.
Apesar do faturamento maior, o resultado final da Rumo foi impactado por uma baixa contábil (“imparment”) de R$ 465 milhões na sua controlada Rumo Malha Sul. Além disso, os custos dos serviços prestados cresceram 11,5%, para R$ 2,01 bilhões, e o resultado financeiro líquido piorou em 23,7%, ficando negativo em R$ 735 milhões.
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A linha de imposto de renda e contribuição social da companhia também piorou, saindo das perdas de R$ 39 milhões um ano antes para perdas de R$ 162 milhões no quarto trimestre de 2024. Já as despesas comerciais, gerais e administrativas cresceram 24,4%, para R$ 234 milhões.
Considerando os efeitos pontuais, a Rumo teve um lucro ajustado de R$ 206 milhões, ante o lucro ajustado de R$ 1 milhão um ano antes.
O lucro operacional da companhia no quarto trimestre foi R$ 638 milhões, uma alta de 0,6% na base anual.
Os volumes transportados pela empresa cresceram 1,6% no trimestre, para 19,9 bilhões de TKU (tonelada útil por quilômetro).
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 0,4%, chegando a R$ 1,2 bilhão, no quarto trimestre.
A dívida abrangente líquida da companhia encerrou o ano de 2024 em R$ 11,03 bilhões, 8,3% maior que o montante apresentado ao final do terceiro trimestre do ano passado. A alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda se manteve estável em 1,4 vez.
No quarto trimestre, os investimentos em bens de capital da Rumo subiram 56,6% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 1,91 bilhão.
No acumulado de 2024, a Rumo teve prejuízo de R$ 948 milhões, ante lucro de R$ 722 milhões de 2023, e receitas de R$ 79,85 bilhões, uma alta de 3,2% na mesma base de comparação.
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