Ibaneis volta a ‘passar o chapéu’, e pede verba federal para expandir Metrô no DF

O governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
(MDB), se reuniu na noite desta terça-feira (30) com o ministro das Cidades,
Alexandre Baldy (PP). O encontro, segundo a assessoria do novo governo, serviu
para que Ibaneis pedisse verbas adicionais para o Metrô no orçamento de 2019.

Na reunião, o futuro governador apresentou duas intenções: a
de expandir o serviço atual construindo um novo ramal de trilhos – o trajeto
não foi detalhado à imprensa –, e a de comprar novos trens.

A equipe não disse se recebeu algum tipo de garantia do
governo federal. Os acordos que forem feitos até dezembro terão, ainda, de ser
ratificados pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) – que não
tinha indicado um ministro para Cidades ou Infraestrutura até esta terça.

 

Em busca do dinheiro

 

Desde o anúncio do resultado no último domingo (28), Ibaneis
e interlocutores se reuniram com diversos políticos com mandato atual para
“passar o chapéu” – ou seja, pedir dinheiro adicional para começar a cumprir as
promessas já em 2019.

Na tarde desta terça, Ibaneis foi à Câmara Legislativa para
pleitear ajustes no orçamento do ano que vem e destinação de emendas
parlamentares para áreas estratégicas. Entre as prioridades, está o aumento da
previsão de concursos para o serviço público.

Na segunda (29), Ibaneis se reuniu com o presidente Michel
Temer no Palácio do Planalto, também para tratar de temas econômicos. A pauta
incluiu mudanças no Fundo Constitucional e criação de um arcabouço legal que leve
ao estabelecimento de uma “região metropolitana do DF”.

Enquanto essa reunião acontecia, o nome indicado por Ibaneis
para a Secretaria de Fazenda do DF, André Clemente, foi à Câmara Federal pedir
dinheiro aos atuais deputados do DF. Ao sair do encontro, o auditor disse ao G1
que tinha conseguido R$ 790 milhões em emendas.

 

Secretaria de Saúde

 

Entre uma reunião econômica e outra, nesta terça, Ibaneis se
encontrou com o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), o presidente do
Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, e o distrital eleito e ex-presidente
do Sindicato de Auxiliares Técnicos de Enfermagem do DF, Jorge Vianna.

A reunião tinha o objetivo de listar possíveis nomes para
chefiar a Secretaria de Saúde, mas terminou sem um anúncio oficial. Com isso, a
decisão foi adiada para a próxima segunda (5), quando deve ser chamado um novo
encontro entre os setores.

Atualmente, Ibaneis trabalha com a ideia de dividir a pasta
de Saúde em duas – uma voltada para a atenção básica (postos e Saúde da
Família, por exemplo), e outra com foco na média e alta complexidade (UPAs e
hospitais).

No governo Rodrigo Rollemberg (PSB), assim como nos
anteriores, a Secretaria de Saúde é uma só, mas há subsecretarias voltadas para
cada um desses “focos”. Se os planos de Ibaneis forem mantidos, será a primeira
vez que Brasília terá dois secretários de Saúde.

 

Equipes de transição

 

A transição do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) para a
gestão de Ibaneis começou nesta terça-feira. O Centro de Convenções Ulisses
Guimarães foi escolhido para abrigar o gabinete de transição. A Casa Civil
coordenará o processo pelo GDF.

O vice-governador eleito, Paco Britto (Avante), foi
escolhido como o novo coordenador-geral do governo de transição. A equipe de
Ibaneis trabalhará no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB). O
órgão foi oficializado no Diário Oficial do DF desta terça.

O governador eleito quer criar núcleos, que vão estudar e
propor soluções para áreas, como educação, segurança, saúde e mobilidade, por
exemplo. A quantidade e todos os nomes dos núcleos que vão operar ao longo da
transição não foram definidos até a publicação desta reportagem.

 

No entanto, até as 20h desta terça-feira (30), Ibaneis já
havia confirmado os seguintes nomes para atuarem na transição:

 

André Clemente: futuro secretário de Fazenda do DF, auditor
de carreira

Ericka Filippelli: futura secretária da Mulher

Izidio Santos: futuro secretário de Obras, atual
vice-presidente do Sindicato das Empresas de Construção Civil

Denise Andrade da Fonseca: vai coordenar, na transição, os
planos de gestão das empresas estatais do DF. Ela é advogada da Emater há 20
anos e conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil no DF.

Renato Grillo Ely: vai coordenar, na transição, a área de
mobilidade e transportes.

Segundo a assessoria do governador eleito, a ideia inicial é
“observar” o trabalho desses coordenadores nos próximos dois meses. Só então, a
depender da notoriedade do trabalho, eles serão oficializados como secretários
das áreas.

 

Viagem

 

Ibaneis viaja para São Paulo, na manhã desta quarta-feira
(31), onde fará um check-up de rotina no Hospital Albert Einstein. O
acompanhamento médico decorre de uma cirurgia bariátrica feita pelo advogado há
alguns anos.

A futura primeira-dama, Mayara Noronha, deve acompanhar
Ibaneis na viagem – o casal retorna após o feriado, na próxima segunda.
Apontado como coordenador geral da transição, o vice-governador eleito Paco
Britto também está fora do DF, mas deve voltar nesta quinta (1º).

 

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