O Consórcio
FrotaPoA, grupo responsável pela construção dos 15 novos trens adquiridos pela
Trensurb, encaminhou, há pouco mais de uma semana, o novo cronograma de reparo
dos veículos. O prazo já está sendo analisado pela empresa pública.
Tanto a
Trensurb quanto o consórcio de empresas não divulgam as datas previstas para
volta da circulação dos veículos recolhidos por causa de infiltrações. Até o
ano passado, a estimava era de que o problema estaria superado em abril de
2018.
“A
Trensurb informa que a entrega dos trens série 200 conforme as especificações
contratuais e em condições de operação segue sendo de inteira responsabilidade
do Consórcio FrotaPoa. Não cabe à empresa, no presente momento, manifestação em
relação às novas datas propostas pelo consórcio para a conclusão do recall ou
quanto às soluções oferecidas — exceto no que diz respeito à utilização de vias
e oficinas da empresa nas atividades de reparo, que não deve gerar prejuízo às
atividades de manutenção das composições em operação”, diz a nota
encaminhada para GaúchaZH.
Em outubro
de 2017, nove veículos que haviam sido reparados após a identificação de problemas
com infiltração estavam transportando passageiros. Em novembro, apenas seis
deles eram usados pela Trensurb. Desde janeiro, só quatro trens estão fora do
conserto. O número de veículos em uso foi diminuindo à medida que a Trensurb
identificava que os novos trens voltaram a apresentar problemas.
As empresas
já foram multadas em R$ 4,87 milhões, o que corresponde a 2% do valor do
contrato de compra de 15 novos trens da série A-200. Em 2016, o consórcio já
havia sido penalizado em R$ 2,43 milhões.
Os pagamentos
ao consórcio estão suspensos desde abril de 2016, quando foram identificadas
infiltrações nas caixas de rolamentos dos veículos pela primeira vez. O
dinheiro desse contrato está empenhado e não pode ser usado para outros fins.
Quanto aos valores de multas, o montante deixará de ser pago ao consórcio e
retorna aos cofres da União. Atualmente, a dívida da Trensurb com os
fornecedores, referente ao valor que ainda falta pagar pelos trens, é de R$ 24
milhões.
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