Metrô SP publica chamado para MIP

O Metrô publicou nesta terça-feira (31) um pedido de
manifestação de interesse, espécie de convite para que empresas participem de
uma consultoria que fará o projeto executivo do túnel de ligação entre as
estações Consolação (Linha 2-Verde) e Paulista (Linha 4-Amarela). É o primeiro
passo para que o novo espaço seja enfim construído e assim aliviar a complicada
transferência de passageiros entre as duas paradas na região da Avenida
Paulista.

Além de comprovar experiência no serviço, essas empresas terão
de cumprir outros requisitos até o dia 17 de novembro quando os dados terão de
ser enviados para o Metrô. Como se trata de um financiamento do Banco Mundial,
caberá a ele ratificar a lista de consultorias habilitadas. A partir desse
projeto então o Metrô e a concessionária ViaQuatro deverão decidir qual será o
método de construção do túnel.

No material disponibilizado aos interessados, o Metrô
adiantou algumas características do túnel. Ele começará à direita do atual
túnel usado pelos passageiros, logo após as esteiras rolantes (sentido Linha
4). O sentido perpendicular logo fará uma leve curva para a esquerda de forma a
ir de encontro ao principal acesso da estação Paulista (veja ilustração). A
ideia é que a nova ligação seja usada com exclusividade pelos passageiros que
vierem da Linha 2-Verde. Com isso, o atual túnel terá sentido exclusivo para a
estação Consolação.

Além disso, a companhia decidiu retirar duas das três
esteiras rolantes que existem no túnel que sai da estação Consolação. A esteira
restante será utilizava pelas pessoas que estiverem subindo o túnel de forma a
abrir espaço para o deslocamento de tanta gente. Atualmente, em horários de
pico o movimento de passageiros é tão grande que causa o efeito “zombie walk”,
como ficou o problema conhecido nas redes sociais.

 

Interdição

 

Embora ainda não existam detalhes sobre o prazo para
construção do túnel, o Metrô prevê interditar a calçada e a parte das pistas da
Avenida Paulista para construir o poço de ataque, ou seja, por onde a ligação
será escavada. Ele ficará no último quarteirão da avenida e tomará parte do
asfalto, o que deve deslocar a ciclovia para o outro sentido e permitir apenas
a faixa de ônibus no local. O estudo da companhia também alerta sobre a
dificuldade em mapear as fundações de três edifícios que estarão no caminho do
túnel cujas plantas não forneceram dados conclusivos para o projeto.

O Metrô acredita que o tempo de deslocamento em horário de
pico caia de mais de 8 minutos para cerca de 4 minutos – passavam por ali cerca
de 22,5 mil pessoas por hora em 2016, número que deverá subir nos próximos
anos.

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