O lucro líquido do grupo CCR no quarto trimestre de 2016 sobre a mesma base de 2015 recuou 30,8%, para R$ 169,5 milhões, impactado pela queda de 3,2% na chamada receita líquida pró-forma, que inclui dados proporcionais das controladas em conjunto, que fechou o trimestre em R$ 1,9 bilhão. A receita líquida com base no IFRS ficou estável, em R$ 1,7 bilhão na mesma base.
O lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 988 milhões no período, leve alta de 0,4%. A CCR é o maior grupo de concessões de infraestrutura de transportes do país, tendo nas concessões de rodovias seu principal negócio. O tráfego de veículos caiu 7% no trimestre, para 240 milhões de veículos equivalentes, sempre na base anual.
“A receita líquida pró-forma caiu no trimestre 3%, tive um trimestre em que a economia deve ter sido muito fraca e o tráfego, que é o principal vetor de crescimento, caiu 7% no trimestre”, diz Marcus Macedo, da equipe de relações com investidores.
O executivo lembrou ainda que a CCR investiu cerca de R$ 3,3 bilhões em 2016, sendo R$ 1 bilhão só no último trimestre – a companhia está em fase de investimentos que ainda não têm geração de caixa correspondente. Macedo ponderou, contudo, que o grupo fez um esforço grande de controle de custos. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda, caiu para 2,5 vezes.
Além disso, contribuiu para o resultado o fato de os juros, apesar de terem caído, ainda permanecerem altos. “Esse ciclo de investimento continua, mas há projetos em fases mais maduras. Em meados de 2017 termina o Metrô Bahia, que é o maior investimento do grupo”, disse Macedo.
Em 2016, o lucro líquido da CCR subiu 96% sobre o exercício anterior, para R$ 1,7 bilhão. O valor leva em conta a venda da participação da CCR na empresa STP (que opera o serviço de pagamento de pedágios Sem Parar), de 34%. A alienação foi concluída em agosto de 2016. A receita líquida somou R$ 6,7 bilhões, sem considerar receita de construção, em um aumento de 9,8%. O Ebitda ajustado, por sua vez, cresceu 46,9%, para R$ 5,37 bilhões.
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