A Justiça determinou na segunda-feira (21) que seja liberada
em até 48 horas a ponte interditada em Barão de Juparanã, distrito de Valença,
no Sul do Rio de Janeiro. O prazo é para que a MRS Logística, empresa que
administra a malha ferroviária na região, instale um guarda-corpo na estrutura,
por onde também passa uma linha férrea. Seguno o Departamento de Estradas de
Rodagem (DER), a previsão é que a ponte seja liberada até quinta-feira (24).
A medida foi tomada pelo desembargador Cherubin Helcias
Schwartz Junior e solicita que a ponte seja liberada para o trânsito de
pedestres, veículos de emergência (polícias, bombeiros, ambulâncias).
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Ainda segundo o documento, o desembargador determina que se
“instale barras móveis para impedir o trânsito de veículos [que não sejam
de emergência] na ponte”.
Em nota, a MRS informou que “já está providenciando a
compra do material”.
Moradores se arriscam em canoas
Durante o período em que a ponte ficou interditada, os
moradores de Juparanã tiveram que buscar meios alternativos para chegar ao
outro lado do rio. Quem não podia enfrentar o longo caminho por terra, se
arriscava em canoas.
“Eu já perdi semana passada até consulta”, disse
uma moça que está grávida e está fazendo pré-natal.
Os canoeiros ficam no local das 5h da manhã à meia-noite.
Para atravessar os moradores, eles cobram R$ 2. Se o rio encher, fica
impossível chegar do outro lado.
Uma comerciante teve que fechar o restaurante que tinha há
quase 10 anos, porque o movimento caiu. “O que sobrou da mercadoria vou
tocar como barzinho e depois vou pagar minhas contas e ver o que eu vou
resolver porque não tem nada definido”, disse a comerciante Simoni do
Carmo de Barros.
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