Quase dois mil casais vão de trem para a hora do sim

No dia do sonhado casamento, a noiva Luciana dos Santos, de 30 anos, pulou da cama às 5h para começar os trabalhos. Ajeitou os cabelos, a maquiagem, colocou o vestido branco e… calçou os chinelos. O salto ficaria para depois que a manicure e o futuro marido, Alessandro Teixeira, de 33, enfrentassem o “Trem do Sim”.


Disponibilizado pela SuperVia, o trem — uma das composições chinesas recém-chegadas e novinhas — partiu da estação Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, às 6h20m de domingo, com destino ao maior casamento coletivo já realizado no Rio, no Maracanãzinho. Nos vagões, cerca de 2.400 pessoas, entre noivos e convidados, viajaram de graça, equilibrando véus e buquês nos solavancos da locomotiva.


— Não tem nada convencional nesse casamento. Estamos juntos há 17 anos e temos um filho. Aproveitamos essa oportunidade para regularizar a nossa situação — contou Luciana, colocando os saltos para não sair de chinelos na foto: — Segui a tradição e me atrasei um pouco. Foi sorte que o trem não saiu às 6h em ponto.


Ao entrar na estação, Jéssica de Castro, de 20 anos, acelerou o passo. Ela não era uma noiva em fuga, mas ansiosa por garantir um lugar para sentar no trem com a família. Parou apenas para trocar um beijo com o futuro marido, Higor Mendonça, de 25.


— Namoramos há seis anos e já moramos juntos. Não podíamos perder essa oportunidade de celebrar o nosso casamento — disse a atendente de loja.


O “Dia do Sim” reuniu 1.900 casais, grande parte moradores de comunidades, no maior casamento coletivo já realizado no Rio. O evento teve a presença de um grupo de juízes, um pastor evangélico, um bispo da igreja católica, e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Ele é fruto de uma parceria entre a Rede Globo, o Sesi e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio.


Depois da cerimônia, os recém-casados curtiram um show especial de Dudu Nobre.

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