A CSN disse prever uma revisão no investimento da ferrovia Transnordestina, projeto orçado inicialmente em R$ 5,4 bilhões. Em teleconferência com analistas, o diretor-executivo comercial da empresa, Luiz Fernando Martinez, notou que já se vislumbra “um investimento um pouco mais alto”. “Estamos em negociação com o Ministério dos Transportes, de forma responsável, para viabilizar o projeto.”
Martinez acrescentou que, assim que a empresa tiver dados mais concretos sobre essa revisão de orçamento, fará a devida comunicação ao mercado. De acordo com o diretor, até setembro, foram realizados R$ 3,7 bilhões em investimentos na ferrovia.
A Transnordestina, controlada pela CSN, já sofreu sucessivos atrasos. Ela ligará o Porto de Suape, em Pernambuco, a Eliseu Martins, no cerrado do Piauí, e o porto de Pecém, no Ceará.
Apesar da revisão que está sendo discutida com o governo, Martinez ressaltou que a CSN está seguindo uma orientação de disciplina com o capex da empresa, não apenas com relação à ferrovia mas a todos os investimentos, até para não impactar os índices de endividamento. “Não faremos nada que prejudique ou alavanque de forma substancial a empresa nos próximos anos”.
A dívida líquida da CSN ficou em R$ 15,6 bilhões ao final do terceiro trimestre, estável em relação a junho, mas em alta de 30% comparado ao nível um ano antes.
A relação dívida líquida Ebitda chegou a 3,28 vezes. O índice era de 2,89 vezes no segundo trimestre e 1,87 vez em setembro do ano passado.
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