O Ministério das Comunicações informou hoje que o governo estuda a possibilidade de a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) se tornar cliente fixo do trem-bala que interligará as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Segundo o ministério, o ministro Paulo Bernardo já solicitou ao novo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que inicie conversas com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para discutir o projeto.
O ministro estima que cerca de 80% do tráfego de serviços dos Correios estão concentrados nas áreas metropolitanas do Rio e São Paulo. A expectativa é que, com um vagão dedicado às correspondências e encomendas dos Correios, a estatal possa tirar uma grande quantidade de caminhões da Via Dutra.
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O ministro acredita que o contrato antecipado com os Correios pode garantir ao grupo de investidores um “diferencial na formação de preços para a construção do trem-bala que já começaria a operar com um cliente fixo”.
O transporte de pequenas encomendas já havia sido anunciado pela ANTT como uma das alternativas para os empreendedores obterem receitas extraordinárias, que não incluem a remuneração direta por meio das tarifas do transporte de passageiros e a exploração econômica das estações.
O leilão do trem-bala, também conhecido como Trem de Alta Velocidade (TAV), será realizado em abril. A estimativa de investimento é de R$ 33,1 bilhões, com o prazo máximo de cinco anos para construção e 40 anos para exploração de serviço.
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