Moradores de Carmo do Cajuru, autoridades do município e representantes da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) se reuniram nesta segunda-feira (2) para discutir os problemas relacionados sobre a linha férrea que corta o município. As reivindicações da população foram levadas à Câmara Municipal, onde foram discutidas a falta de segurança, a transposição da linha férrea e a instalação de cancelas.
“O município cresceu e veio uma complicação muito grande no nosso trânsito. E a única solução é um viaduto sobre a rede ferroviária”, informou o prefeito de Carmo do Cajuru, José Clarete Pimenta.
O presidente da Câmara, Sebastião de Faria Gomes, também pediu medidas que possam sanar os problemas. “Muitas ações são simples e que demandam pouco recurso, como cancelas e um elevado que podem melhorar a vida do cidadão”, argumentou.
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A FCA informou que participou da audiência pública como ouvinte para se informar sobre as necessidades do poder público e da população. O próximo passo será verificar internamente as medidas que podem ser tomadas para, em seguida, marcar outra reunião com representantes do município.
De acordo com os moradores, as locomotivas passam várias vezes ao dia e em todos os períodos. Além de impedir o fluxo do trânsito, as máquinas passam próximas às residências na área central da cidade, o que tem preocupado a população.
O aposentado Luiz Faleiro mora em uma das casas do Centro de Carmo do Cajuru. Ele guarda fotos do acidente ocorrido no dia 28 de novembro de 2011, quando um trem carregado de milho descarrilou e invadiu a sacada da casa. “Muitas vezes tenho lembranças que o trem vai tombar. Me preocupo com a velocidade e conforme o barulho isso tudo volta. A gente sente muita preocupação quando ele passa. Eu sempre reclamava da velocidade do trem, então ele passava a mais de 50km/h, sendo que isso hoje é inadmissível”, reclamou.
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