O diretor-superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, participou nesta quinta-feira (21) de um debate sobre Infraestrutura e Desenvolvimento Regional: Experiência Latino Americana na I Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional (I CNDR). Durante a discussão, Marcelo Dourado falou sobre as perspectivas de ampliação da malha ferroviária do Centro-Oeste e ressaltou que uma das prioridades da Sudeco é a implantação de uma fábrica de trilhos.
“O Brasil é o maior exportador de minério de ferro do mundo, mas não tem uma fábrica de trilhos. O Brasil exporta minério de ferro a preço de banana e compra trilhos a preço de ouro”, ressaltou Dourado.
No debate, Marcelo Dourado comparou a Rússia, que tem 81% de cobertura por malha ferroviária, com o Brasil, que tem apenas 25%, e ressaltou que a capital do país, Brasília, estará paralisada em 2020 devido ao colapso do transporte rodoviário. “A cidade já está dando sinais clássicos de caos. Se não colocar o trilho nessa cidade, em 2020 não iremos sair de casa.
Brasília e algumas cidades do Brasil estão chegando ao topo de um ranking negativo, no que se refere à mobilidade urbana. Existe uma solução, e esta solução é o trilho. Temos que agir”, concluiu Dourado, que coordena o processo de transformação da ferrovia Brasília-Luziânia, que hoje transporta apenas cargas, em uma ferrovia mista, que transporta cargas e passageiros.
Além de Marcelo Dourado, participaram do debate na I CNDR, o coordenador de Planejamento da Secretaria de Politica Nacional de Transportes do MT, Luiz Carlos Ribeiro, a diretora Nacional de Planejamento Estratégico do ministério do Planejamento, Martha Aguilar, a secretária de Planejamento do MPOG, Esther Bemerguy e o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, André Calixto.
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