China reduzirá velocidade de TAV

A China vai começar a exigir que sua crescente frota de trens de alta velocidade rode a velocidades mais baixas, disse a autoridade governamental das ferrovias. É o mais novo indício de problemas no projeto de transportes mais celebrado do país.


A decisão foi comunicada pelo ministro das Ferrovias, Sheng Guangzu, em entrevista publicada na quarta-feira no Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista chinês. Segundo Sheng, a medida derrubará o preço das passagens e aumentará a eficiência energética dos trens de alta velocidade.


Sheng, que assumiu o Ministério das Ferrovias em fevereiro, após seu antecessor renunciar em meio a suspeitas de corrupção, disse que os trens na China precisam servir a todos os estratos da sociedade.


A China é vasta e há diferenças regionais no desenvolvimento econômico e social; logo, as normas para a construção de ferrovias não podem ser uniformes, disse Sheng na entrevista. O ministro não disse quanto o valor das passagens poderia cair.


Vasto e caro, o projeto ferroviário da China foi envolto em denúncias de corrupção nos últimos meses. E sua dívida preocupa cada vez mais. Uma campanha anticorrupção no Ministério das Ferrovias foi o que provocou a renúncia do ministro anterior, Liu Zhijun, no início de fevereiro. Ele ainda não foi indiciado no caso.


A agência de notícias estatal Xinhua informou no mês passado que cerca de US$ 28,5 milhões haviam sido desviados do projeto da linha de alta velocidade ligando Pequim a Xangai, festejado pelas autoridades como um dos grandes feitos da China na área de transportes. Nas últimas semanas, Zhang Shuguang, engenheiro-chefe do ministério, também virou alvo de inquérito.


A malha de alta velocidade da China cresceu em extensão e velocidade nos últimos anos. Num relatório do ano passado, o Banco Mundial calculou que até 2012 a China terá pelo menos 42 trens com velocidade máxima superior de 250 km por hora. Terá, ainda, uma malha ferroviária de alta velocidade maior do que a do resto do mundo somada. O governo chinês investiu pesado nos projetos: a linha Pequim-Xangai custará, sozinha, cerca de US$ 33 bilhões.


Especialistas questionam a segurança dos trens de alta velocidade na China. Um executivo de uma fabricante estrangeira de trens de alta velocidade disse que a operação a velocidades superiores a 330 km por hora acarreta problemas de segurança e custos mais elevados. Numa velocidade dessas as rodas derrapam tanto que é preciso ter motores maiores e muito mais eletricidade para operar o trem. Além disso, o desgaste dos trilhos é tal que os custos de inspeção, manutenção e reparo sobem consideravelmente. É por isso que na Europa, no Japão e na Coreia do Sul nenhuma companhia ferroviária opera trens a mais de 320 km por hora, disse o executivo, acrescentando que acima de 330 a 350 km por hora é mais seguro e possivelmente mais barato operar trens de levitação magnética.


Na entrevista, Sheng disse que trens de alta velocidade passarão a rodar a, no máximo, 300 quilômetros por hora a partir de 1º de julho (até então, chegavam a cerca de 350 quilômetros por hora). Muitos dos trens interurbanos do país vão rodar a velocidades entre 200 e 250 quilômetros por hora.


Segundo Sheng, uma razão para a mudança é melhorar a eficiência energética de trens de alta velocidade. Um trem rodando a 350 quilômetros por hora requer o dobro de energia de um à velocidade de 200 quilômetros por hora, disse.


Para Sun Zhang, especialista do Instituto de Ferrovias e Transporte Urbano Ferroviário da Universidade de Tongji, o anúncio indica que o governo começa a ouvir reivindicações de usuários do sistema. Segundo ele, reportagens recentes na imprensa sobre o alto preço do transporte ferroviário de alta velocidade teriam obrigado o ministério a rever a questão. Agora, com velocidades e preços distintos, o consumidor vai ter mais opção, disse.


Uma passagem de trem de alta velocidade pode custar até o dobro da passagem mais cara em trens convencionais. Entre Wuhan e Cantão, duas cidades no sudeste do país, por exemplo, uma passagem num tem-bala custa 469 iuans (cerca de US$ 70), caro demais para muitos chineses. O resultado é que certos trens circulam quase vazios, dizem especialistas.


Na entrevista com o ministro, o Diário do Povo não tocou na questão da corrupção. Mês passado, a agência de notícias Xinhua informou que a dívida das empresas ferroviárias do país chegava a cerca de US$ 271 bilhões. Sheng já declarara a um veículo de comunicação estatal que não considera esse endividamento um problema.


A entrevista no Diário do Povo não informa como a festejada linha Pequim-Xangai, em fase de construção e com inauguração prevista para junho, será afetada pelas medidas. Os trens dessa linha são projetados para circular a cerca de 380 quilômetros por hora, velocidade maior do que a de qualquer outra linha na China hoje.

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Fonte: The Wall Street Journal

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