A movimentação ferroviária de produtos do agronegócio no Porto de Santos deverá crescer 25% nos próximos quatro anos, atingindo 40 milhões de toneladas, conforme estimativas da Portofer, administradora da malha interna do complexo.
Comparando com números atuais, as composições transportariam a metade das cargas operadas no cais santista.
No ano passado, passaram pelos trilhos do Porto de Santos 14,3 milhões de toneladas. A soja liderou com 4,68 milhões de toneladas. Até abril último, foram 4,56 milhões de toneladas transportadas, sendo 2,3 milhões de soja.
A perspectiva da direção da Portofer ¬ empresa ligada à América Latina Logística (ALL) ¬ é que este ano haja um incremento de 14% na movimentação de cargas, considerando o ritmo atual de operações. Mas há expectativa de um volume ainda maior.
Pelas contas do coordenador de Relações Corporativas da Portofer/ALL, Maurício Pinheiro, em 2013 a projeção é de 40 milhões de toneladas. No ano passado, o cais santista operou 81 milhões de toneladas, ou seja, mantendo-se esse volume, seria perto de metade das operações de cargas.
Pinheiro ressalta, porém, que para alcançar a movimentação diversas ações terão de ser tomadas no Porto de Santos e nos seus acessos. No complexo, ele destaca a necessidade de segregação das linhas, o que se alcançará com a conclusão das obras da Avenida Perimetral,e o aumento da produtividade nos terminais.
Fora do complexo, a questão precisa passar por obras, como as de construção e de ampliação dos pátios ferroviários, principalmente nos ramais da região.
No próximo ano, no Paratinga-Perequê, haverá necessidade de adequação do pátio para trens de 8 mil TB, que se estendem por 1,5 quilômetro. Também ocorrerá a construção do pátio da Vila Natal e a ampliação do pátio de cruzamento de Gladson.
No trecho Perequê-Conceiçãozinha estão previstas a adequação dos pátios de Areais e de Conceiçãozinha para 8 mil TB, a construção de uma área para cruzamento em Piaçaguera e a ampliação do pátio da Ilha Barnabé. No Perequê-Valongo, a ampliação dos pátios para trens de 1,5 quilômetro.
A partir dos próximos anos, a capacidade desses ramais deverá ser ampliada, em pátios e em tamanho de composições, que terão até 2,2 quilômetros de extensão.
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