Desde que foi anunciada a retirada dos trens de carga do perímetro urbano de Santos, a comunidade vem discutindo o aproveitamento da estrutura ociosa que margeia o ramal ferroviário. Algumas ações pontuais já foram tomadas pelo Poder Público ao longo das últimas duas décadas. Prova disso é o que podemos constatar no Campo Grande, cuja intervenção na Rua Marquês de São Vicente serviu como uma espécie de modelo a ser seguido nas demais regiões. No passado, o trecho em questão registrou vários assaltos contra os moradores por causa da degradação e abandono provocados pela decadência do transporte ferroviário.
O receio da sociedade santista é de que o mesmo tipo de problema acabe se repetindo nas demais áreas cortadas pelos trilhos, como as do Macuco e do Marapé, onde já se nota a presença de viciados e desocupados invadindo os espaços e incomodando a vizinhança.
É necessário que a Prefeitura procure escutar os moradores dos bairros que convivem com os problemas causados pelo abandono, para planejar ações concretas. E também é preciso levar em consideração o eventual aproveitamento do ramal para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que produzirá profundas mudanças no transporte coletivo intermunicipal de passageiros.
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