O trem da memória

Como poucos, o cearense Aury Sampaio é um homem apaixonado por sua profissão. Desde o começo da década de 1950, sua história pessoal se confunde com a trajetória recente do sistema ferroviário brasileiro. “O ferroviário costuma ter uma verdadeira paixão pelo que faz”, conta o engenheiro aposentado. A obra “A estrada que trilhei” é a confissão de amor de Aury Sampaio pela atividade que abraçou. O livro de memórias será lançado hoje, às 17 horas, apropriadamente, na gare da Estação João Felipe.


“Quando fui embora para Minas Gerais, em 1943, para estudar engenharia, parti exatamente desta estação”, relembra. Naquele momento, Aury ainda não desconfiava que trens, trilhos e ferrovias fariam parte de seu cotidiano. “Em geral, a profissão de ferroviário é permeada por laços familiares. É comum você encontrar alguém na profissão que o pai foi ferroviário, o avô ferroviário,…”, explica. Aury Sampaio iniciou sua carreira no meio através de um amigo.


Como ferroviário, Aury Sampaio ocupou vários cargos, de engenheiro residente, em Vitória (ES), a assessor ferroviário do extinto Ministério de Viação e Obras Públicas. Passou também por muitos lugares, entre eles Fortaleza e o Rio de Janeiro, onde se radicou.


Engajamento


Aposentado, Aury Sampaio não deixou de cultivar sua relação com a atividade ferroviária. Ele preside a comissão brasileira da Associação do Congresso Pan-americano de Estradas de Ferro. “Lá temos muito material que merece ser preservado”, diz, se referindo aos estudos e documentos sobre vários aspectos da atividade ferroviária que integram o acervo da entidade.


O engenheiro lamenta que, com a privatização do sistema ferroviário brasileiro (em 1996), as concessionárias não tenham se interessado mais em participar da Associação.


O livro nasceu da necessidade de espantar o tédio. “Levei dois anos para prepará-lo”, conta Aury Sampaio. Nele narra episódios de sua vida profissional, de sua partida de Fortaleza e as dificuldades de chegar a seu destino (“cortesia” do caos instaurado pela II Guerra Mundial) à intervenção no Ceará, durante uma crise em 1961. “Vim por um mês e acabei ficando 11”, rememora. Na época, o engenheiro foi chamado para auxiliar na solução de uma complicada greve. “Quando cheguei, falei que era um ferroviário como eles e não um patrão”, explica Aury Sampaio.


Mais informações:


Lançamento do livro ´A estrada que trilhei´, de Aury Sampaio. Às 17 horas, na Gare da Estação João Felipe (Centro). Na ocasião, o livro será vendido a R$ 25,00

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Fonte: Diário do Nordeste (CE)

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