Dos nove sistemas de transporte coletivo da Grande São Paulo avaliados, oito tiveram queda ou oscilação negativa, segundo a pesquisa da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
A aprovação da rede do metrô e dos trens da CPTM teve variações negativas (de 85% para 82% e de 51% para 48%), mas dentro da margem de erro.
O metrô mantém a liderança na satisfação dos passageiros. Mas seu patamar de respostas “excelente” ou “bom” está aquém do que era registrado até 2006 -quando atingiu um pico de 93% de aprovação.
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Os trens também já alcançaram 60% de satisfação em 2004, contra os atuais 48%.
Uma das explicações é a própria elevação da demanda, que atingiu um novo patamar, atraindo usuários de renda mais baixa inclusive ao metrô.
Nos dois sistemas sobre trilhos, a quantidade de passageiros passou de pouco mais de 4 milhões por dia útil no começo de 2007 para 5 milhões e meio por dia útil neste final de 2008.
Por um lado, especialistas avaliam que essa expansão (ligada, entre outros motivos, à integração do bilhete único) é positiva por permitir acesso de mais gente a um transporte considerado rápido e bom.
Por outro, como a explosão da demanda ainda não foi acompanhada de um aumento significativo da oferta de metrô e trens, os efeitos colaterais são superlotação e desconforto.
O nível de ocupação atinge até 9 passageiros por metro quadrado nos picos, 50% acima do limite aceitável no mundo. O governo José Serra (PSDB) diz que a situação estará melhor até 2010, quando serão entregues as principais obras do plano de expansão, incluindo a elevação de 61 km para 84 km da rede de metrô paulista.
Maiores quedas
As maiores quedas de satisfação na pesquisa da ANTP foram as dos microônibus intermunicipais (de 56% para 40%), dos ônibus municipais de outras cidades da Grande São Paulo (de 55% para 42%) e dos metropolitanos, que atravessam mais de um município da região (de 53% para 41%).
O corredor intermunicipal de ônibus São Mateus-Jabaquara, gerenciado pela EMTU e que passa pelo ABC, foi a exceção: após a baixa de aprovação em 2007, voltou a se aproximar do nível anterior (passando de 66% para 79%).
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