BNDES estuda ser sócio da Vale em siderúrgica

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou ontem que o banco estuda se tornar sócio em parceria com a Vale do projeto de uma usina siderúrgica no Pará. Segundo ele, o empreendimento no Pará é estratégico para o desenvolvimento da região.


“Oferecemos essa possibilidade [de se tornar sócio] para viabilizar o empreendimento. É importante do ponto de vista do BNDES, como banco de desenvolvimento, apoiar projetos que têm grande poder multiplicador nas regiões menos desenvolvidas do país”, disse.


O percentual de participação ainda não foi definido. Coutinho afirmou que o projeto pode exigir investimentos da ordem de US$ 5 bilhões.


Segundo ele, a produção seria destinada para o mercado doméstico e para o exterior. O presidente do banco de fomento participou ontem do 1º Encontro Nacional da Siderurgia, no Rio. No evento, o presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou que a produção da nova siderúrgica ficará entre 2,5 milhões e 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano.


Em abril, o BNDES anunciou a concessão da maior linha de crédito da história do banco para a Vale, no valor de R$ 7,3 bilhões. A operação funciona como um tipo de cheque especial para financiar os projetos de investimento da mineradora.


Segundo Agnelli, a mineradora vai levar adiante o projeto da siderúrgica no Pará mesmo que não apareçam outros sócios. A Vale ainda aguarda a realização de obras de infra-estrutura para tocar o projeto.
“A questão no Pará é criar toda a infra-estrutura necessária. O governo federal ficou de terminar a eclusa de Tucuruí. Com o estadual, ficou de olhar a questão do porto. Na hora em que isso tudo estiver claro, você tem um projeto concreto, com estudo de viabilidade pronto, e aí nós vamos ver se vamos buscar um parceiro ou não”, disse.


A Vale tem realizado investimentos no país em parceria com empresas estrangeiras, como a ThyssenKrupp, no Rio, na Companhia Siderúrgica do Atlântico, e a Baosteel (siderúrgica chinesa), em um projeto no Espírito Santo, entre outros.


Críticas


Coutinho classificou o ritmo de investimentos do setor siderúrgico como “um pouco lento”. Segundo ele, diante do cenário de expansão da indústria naval, do setor automotivo e da construção civil, o ritmo poderia ser maior. “Tudo indica que o potencial de investimento em siderurgia é maior do que o que está ocorrendo. Os números da siderurgia estão demorando a deslanchar”, disse.


Crítica semelhante foi feita pelo presidente da Vale. Roger Agnelli afirmou durante um debate que ainda predomina uma visão conservadora no país e que a siderurgia com maior margem está no Brasil.
Marco Pollo de Mello Lopes, do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), contestou as declarações. Segundo ele, estão previstos investimentos de empresas que são membros do instituto de US$ 27,1 bilhões até 2013, além de outros US$ 5,8 bilhões de novos entrantes. Ele avalia que a principal diretriz é o mercado interno e que somente agora ele começa a dar sinais de forte expansão. “Não há lentidão. O mercado interno é que é o termômetro que indica a necessidade de novos investimentos”, disse.


O vice-presidente do Instituto Internacional do Ferro e do Aço, Paolo Rocca, afirmou que, com um crescimento global de 4,8%, é previsto um aumento na demanda por aço de 4,5%. Ressaltou que a projeção reflete uma visão muito otimista da economia mundial, que ainda precisa enfrentar gargalos de energia e matéria-prima.

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Fonte: Folha de São Paulo

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