Sob risco, Ferropar amplia frota

A Ferropar S/A, concessionária que administra os 248 quilômetros da Ferroeste – ferrovia que liga Cascavel a Guarapuava –, reforça sua frota de vagões e locomotivas e espera, com isso, fechar 2006 com 1,5 milhão de toneladas transportadas, o que representa um crescimento de 7% sobre o total de 1,4 milhão de toneladas embarcadas no ano passado. A decisão de investir agora tem sua parcela de risco. Até o fim deste mês, é possível que a Justiça decida sobre o pedido de falência da Ferropar, solicitada pelo governo estadual – que quer retomar o controle da Ferroeste, arrematada pela Ferropar em 1996.


Até o fim desta semana, a concessionária receberá 47 vagões em regime de locação, elevando sua frota para 120. A meta é chegar ao fim do ano com algo entre 300 e 350 vagões. A empresa, que hoje possui seis locomotivas, planeja receber outras quatro até dezembro. Parte das máquinas pertencem à própria Ferropar, mas estavam locadas para outras concessionárias ferroviárias.


Além de elevar os volumes transportados – foram 680 mil toneladas de janeiro a junho –, a empresa também pretende aumentar para 25% a participação de cargas alternativas no total. Hoje, grãos e insumos agrícolas respondem por quase 100% do que é transportado. “Estamos apostando em produtos não-sazonais, como os frigorificados. A partir de setembro, também vamos levar óleo diesel e gasolina para a base que a Ipiranga vai inaugurar em breve em Cascavel”, diz Horácio Guimarães, diretor de produção da Ferropar.


Falência


O processo de falência da Ferropar, ajuizado em 2005 na 3.ª Vara Cível de Cascavel, tem quase 2 mil páginas reunidas em nove volumes. “Falta analisar os argumentos da defesa da Ferropar. Se não houver necessidade de mais informações, a sentença sai até o fim do mês”, disse o juiz Rosaldo Elias Pakagnan.


“Estamos tentando recuperar a empresa e, se ela está buscando investimentos, é porque tem plena convicção de que a decisão da Justiça será favorável”, diz Guimarães, da Ferropar. O governo estadual, por sua vez, acredita que a falência será decretada. Se isso ocorrer, o contrato de subconcessão será cancelado e o controle da ferrovia voltará para o estado.


“A esperança é de que o Poder Judiciário faça Justiça. Esse anúncio da empresa, de que está reforçando a frota, é pura maquiagem. Nem de longe corresponde às responsabilidades contratuais da Ferropar”, diz o diretor administrativo, financeiro e jurídico da Ferroeste, Samuel Gomes. Segundo ele, a concessionária deve ao governo pelo menos R$ 50 milhões, referentes a parcelas do pagamento da concessão, que deveriam ter sido quitadas a partir de 2000.



Batalha começou em 2003
 
Construída entre 1991 e 1994, durante a primeira gestão de Roberto Requião, e vendida em 1996, no governo de Jaime Lerner, a Ferroeste é alvo de uma intensa disputa desde que Requião retornou ao Palácio Iguaçu. Além de requisitar a falência da Ferropar, o governo chegou a decretar, em agosto de 2005, uma intervenção de 180 dias na ferrovia. O argumento era de que o consórcio não teria investido os R$ 136 milhões previstos no contrato, além de manter uma frota muito inferior à necessária.


A Ferropar argumenta que parou de investir – e de pagar as milionárias parcelas da concessão – porque as receitas previstas para a ferrovia no edital do leilão teriam sido superestimadas, causando prejuízos ao consórcio. A rusga chegou a tal ponto que, questionada pela reportagem, a Ferropar evita comentar os desentendimentos com o governo, “para não parecer provocação”. Desde dezembro, quando a América Latina Logística (ALL) vendeu seus 25%, a empresa é controlada pelos três acionistas restantes.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Gazeta do Povo

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0