A América Latina Logística (ALL) deve demitir, até o final do mês, 1,9 mil dos 4,3 mil funcionários da Novoeste Brasil e da Nova Brasil Ferrovias, adquiridas no mês passado por R$ 1,4 bilhão. Segundo a ALL, os cortes atingem as unidades das duas empresas em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Até a última sexta-feira, 1,5 mil funcionários haviam sido dispensados.
A medida provocou protestos em alguns pontos da ferrovia nos estados, como em Araçatuba (SP), quando funcionários demitidos bloquearam trechos da ferrovia. Por meio de nota, a ALL informa que as demissões visam eliminar duplicidades de cargos e áreas como contabilidade, recursos humanos e centros de controle de tráfego.
Essa adequação, segundo a empresa, que não concedeu entrevista, inclui mudanças no quadro de pessoal, redesenho operacional e alterações no setor de mecânica e na via permanente, além da implantação de uma gestão voltada para resultados e redução de custos. A decisão leva em conta a necessidade de implantar modelo para recuperação da empresa que estabeleça condições reais de crescimento, buscando assegurar o emprego daqueles que nela permanecem e viabilizar investimentos, disse em nota o atual presidente da Brasil Ferrovias, Pedro Roberto Almeida.
Outra mudança que a ALL irá promover será a criação de seis unidades de produção, que ficarão nas cidades de Campo Grande (MS), Alto Araguaia (MT), Araraquara, Bauru, Campinas e Santos (SP). A ALL irá manter as oficinas em Rio Claro, Sorocaba, Araraquara e Campinas, com postos de manutenção em Sorocaba, Bauru, Paratinga, Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá, Santos, Araraquara e Alto Taquari.
A ALL informou que o processo de integração das duas companhias deve estar concluído em um ano. A intenção da empresa é transferir o comando das operações, hoje em Campinas (SP), para Curitiba, onde está sua sede, a partir do próximo ano.
Seja o primeiro a comentar