Cresce o turismo sobre trilhos no Brasil

O transporte ferroviário há tempos perdeu importância no orçamento governamental. Mas em épocas em que o governo federal, junto com esforços estaduais, tenta trazer para o Brasil um trem bala – a fim de atender à demanda da Copa do Mundo de 2014 -, o transporte ferroviário volta a ganhar destaque, não como meio de transporte principal, mas como forma de atração turística. Em vários locais, empresas públicas e privadas mantêm trajetos turísticos ferroviários e garantem, há público interessado em pagar, e bem, para ver as paisagens do Brasil sobre trilhos.


Em 2008, segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais (Abottc), cerca de 3 milhões de pessoas viajaram pelos trens turísticos brasileiros, número que cresce cerca de 8% ao ano. Hoje, o País conta com 20 operações frequentes, além de algumas eventuais. Há aquelas que desapareceram, como o famoso Trem de Prata, que até novembro de 1998 ligou São Paulo ao Rio de Janeiro. O trajeto sucumbiu à concorrência com as empresas áreas que, na época, chegavam a cobrar R$ 80 por uma passagem, enquanto o percurso de oito horas de trem custava pelo menos R$ 120.


Para março, está previsto o retorno de tradicional percurso paulista Estação da Luz – Paranapiacaba e Luz – Jundiaí, desativado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 2002. E segundo dados da Abottc mais dez concessões para a operação de trens turísticos estão previstas para serem entregues este ano, uma delas é o Pantanal Express, operado pela Serra Verde, que deve ser inaugurado no dia 8 de maio. Em um trajeto de 220 quilômetros, que vai sair de Campo Grande, passar por Miranda e Aquidauana, o trem dará vida ao trajeto nacional do mítico Trem da Morte, que ligava Bauru (SP) a Corumbá (MS).


“Parte desse trecho voltará a ser visto pelos passageiros do Pantanal Express”, afirma Adonai Aires Arruda Filho, diretor da Serra Verde. E a expectativa, conta o executivo, é que o trajeto seja ampliado até Corumbá. “Mas isso só deve ocorrer em 2010, pois ainda depende da recuperação da via”, diz. No entanto, ele já antecipa, “refeito o restante da via, será fácil para o turista ir de Corumbá até a Bolívia e pegar o trajeto do Trem da Morte de Quijarro a Santa Cruz de La Sierra”.


A animação de Arruda é fruto de uma nova realidade: prefeituras e até mesmo empresas transportadoras de cargas, que têm concessões de vias, estão cada vez mais interessadas em valorizar os atrativos turísticos de suas regiões com o desenvolvimento férreo.


No caso do trem do Pantanal, a iniciativa foi do governo do Mato Grosso. Já no caso do Espírito Santo, é a própria operadora de cargas, a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que convidou a empresa a desenvolver um projeto. “Fizemos uma visita inicial para conhecer o trajeto e estrutura e num primeiro momento parece ser viável uma rota turística”, diz Arruda, que percorreu o trecho de Viana, na região metropolitana de Vitória, até Marechal Floreano.


Arruda afirma que a demanda de empresas e prefeituras é muito maior que a capacidade das operadoras em atender. “Atualmente, cerca de 17 empresas, em sua maioria Ongs (organizações não-governamentais), operam os trajetos de trens turísticos”, explica.


O problema é que com a parca divulgação dos destinos e os alto custos de operação, além da falta de incentivo do governo, é muito difícil colocar uma nova linha em operação. “Temos que fazer o acordo com a operadora de carga para o aluguel de locomotiva e conseguir um valor que, distribuindo pela tarifa, seja viável”, avalia.


A Serra Verde, empresa de origem familiar, criou até mesmo uma operadora de turismo para facilitar a venda de pacotes ligados aos destinos ferroviários, a BWT. Atualmente, a empresa faz a operação regular do trecho Curitiba – Morretes, que, segundo Arruda, já é o segundo mais visitado no Paraná, após as Cataratas do Iguaçu. A empresa também opera o trem de luxo, o Great Brazil Express, que quatro vezes ao mês faz o trajeto Pontagrossa – Cascavel.


Criada há 12 anos, só em 2006 a Serra Verde começou a dar lucro. “Nosso investimento foi alto. Só no trem de luxo foram R$ 2,5 milhões.” No ano passado, a empresa vendeu cerca de 134 mil passagens e obteve um faturamento bruto de aproximadamente de R$ 4,5 milhões.

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Fonte: Gazeta Mercantil

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