A Ferrovia Norte-Sul é defendida por todos os Estados que compõem o Corredor Centro-Norte, apontada como principal meio de escoamento da produção agrícola e industrial. A união dos governadores dos sete estados é para propor o apoio do governo federal para que sejam construídos ramais ferroviários. A proposta inicial é de construir os ramais interligando Estreito/Balsas/Eliseu Martins a Miracema/Lucas do Rio Verde. “Esperamos indicar a construção de outros ramais de maneira a atender melhor os municípios do Mato Grosso do Sul”, explicou o secretário Carlos Alberto Menezes.
O traçado inicial da Ferrovia Norte-Sul previa a construção de 1550 quilômetros de trilhos, dos quais 724 encontram-se no Tocantins, 427 no em Goiás e 215 quilômetros no Maranhão, que já estão prontos e em operação comercial. Com a Lei nº 11.297, de 09 de maio de 2006, da Presidência da República, que incorporou o trecho Açailândia-Belém ao traçado inicialmente projetado, a Ferrovia Norte-Sul terá, quando concluída, 1980 quilômetros de extensão.
A Ferrovia Norte-Sul foi projetada para promover a integração nacional, minimizando custos de transporte de longa distância e interligando as regiões Norte e Nordeste com o Sul e Sudeste, através das suas conexões com 5 mil quilômetros de ferrovias privadas.
A integração ferroviária das regiões brasileiras será o grande agente uniformizador do crescimento auto-sustentável do país, na medida em que possibilitará a ocupação econômica e social do cerrado brasileiro – com uma área de aproximadamente 1,8 milhão de km², correspondendo a 21,84% da área territorial do país, onde vivem 15,51% da população brasileira – ao oferecer uma logística adequada à concretização do potencial de desenvolvimento dessa região, fortalecendo a infra-estrutura de transporte necessária ao escoamento da sua produção agropecuária e agro-industrial.
Inúmeros benefícios sociais estão surgindo com a Ferrovia Norte-Sul. A articulação de diferentes ramos de negócios proporcionada por sua implantação está contribuindo para o aumento da renda interna e para o aproveitamento e melhor distribuição da riqueza nacional, a geração de divisas e abertura de novas frentes de trabalho, permitindo a diminuição de desequilíbrios econômicos entre regiões e pessoas, resultando na melhoria significativa da qualidade de vida da população da região.
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