Na manhã desta quinta-feira, o secretário de Transportes Julio Lopes e o secretário de Fazenda Joaquim Levy conferiram pessoalmente a situação precária do ramal ferroviário Saracuruna-Guapimirim e conheceram de perto os problemas que os passageiros que usam diariamente a linha enfrentam.
Os secretários, acompanhados de técnicos do setor, foram de carro até Guapimirim, onde pegaram o primeiro trem, que sai da estação às 3h10, indo até Saracuruna.
O ramal, que cruza três municípios da Baixada Fluminense – Guapimirim, Magé e Duque de Caxia -, tem 40 km de extensão e apenas um trem circulando. Além do horário limitado, com viagens pela manhã apenas às 3h e às 6h, os vagões estão totalmente sucateados.
Para a população dos três municípios este é o meio de transporte mais econômico para se chegar ao Rio. A viagem custa apenas dois reais; enquanto de ônibus eles gastariam três vezes mais.
Apavorado com portas que não fechavam, cadeiras e vidros quebrados, o secretário de Transportes Júlio Lopes anunciou investimentos em torno de 4,5 milhões de dólares, que deverão ser aplicados na recuperação da malha ferroviária e dos equipamentos do ramal Gaupimirim-Saracuruna.
O dinheiro sairá do bojo do empréstimo que deverá ser liberado em dois meses pelo Bird (Banco Mundial) para o Programa Estadual de Transportes (PET).
O secretário de Transportes disse que na próxima semana vai se reunir com representantes do Banco Mundial para dar continuidade às negociações de um contrato de financiamento complementar no valor de U$ 64 milhões.
Julio Lopes informou que está tentando trazer para o Rio três carros de passageiros que foram reformados em Belo Horizonte, e que estão retidos por falta de pagamento. O secretário da Fazenda anunciou a liberação dos R$ 250 mil necessários.
A situação começa a melhorar com a chegada de mais um trem nos próximos 30 dias, segundo o secretário de Fazenda, Joaquim Levy. A medida vai aumentar a oferta de horários e dar mais conforto aos usuários do sistema. Os dois secretários ouviram queixas dos passageiros, que se sentem como boi e não gente.
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