Quem viajou ontem no novo trem asiático da SuperVia teve a impressão de que finalmente o transporte de massa pode entrar nos trilhos. Com aparência de trem do metrô, temperatura ambiente de 20 graus, bancos e piso em tons verdes e visores eletrônicos digitais, a nova composição parece ter saído de alguma estação do Primeiro Mundo rumo a Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A primeira viagem do trem teve início às 10h20m, na Central do Brasil. Na próxima semana, outros três se juntarão a ele e, até o fim do mês, estarão circulando também nos horários de pico.
Custo dos novos trens foi de US$ 100 milhões
Ao todo, o governo estadual comprou 20 trens do consórcio Mitsui por US$ 100 milhões. Segundo o presidente da SuperVia, Amin Alves Murad, os novos trens atenderão aos passageiros dos ramais de Deodoro e Campo Grande. Outros 18 trens foram reformados e refrigerados. Mas foi o asiático — construído pela sul-coreana Rotem e pela japonesa Toshiba — que despertou a curiosidade dos passageiros.
— Este trem é uma maravilha! As cores são boas, o equipamento extraordinário e é melhor do que o metrô. Coisa de Primeiro Mundo. Mas as pessoas têm que conservá-lo — comentou o servidor aposentado Carlos Durão, de 82 anos.
— É uma coisa linda — afirmou a pensionista Nadir Ribeiro, de 77 anos.
Outra que ficou encantada com o trem foi a servidora Nely Moura, de 55 anos:
— Até achei que estava na Europa, meu filho!
Mas houve também quem exigisse o mesmo tratamento para o resto da rede.
— Está tudo excelente e bonito, mas quero ver isso no ramal de Japeri, onde o trem pára a toda hora— reclamou o metalúrgico Rodrigo Rodrigues, de 27 anos.
Seja o primeiro a comentar