Ipanema e Leblon terão três estações na expansão da Linha 1 do metrô, uma a menos que o cogitado no ano passado pelo governo estadual. Os locais escolhidos são a Praça Nossa Senhora da Paz, o Jardim de Alah e a Avenida Bartolomeu Mitre, entre o Largo da Memória e a Rua Humberto de Campos.
O projeto de expansão da Linha 1 foi apresentado ontem pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Palácio da Cidade.
O projeto modifica a previsão original de ligação metroviária entre a Barra e a Zona Sul, que seria feito pela Linha 4 (Botafogo-Jardim Oceânico, passando por Humaitá e Gávea), licitada em 1997. Com as modificações, a Linha 1 será expandida de Ipanema à Gávea (pelo Leblon), onde se unirá à Linha 4, que será construída até o Jardim Oceânico.
Orçado em R$ 2,8 bilhões, o novo trecho terá 13,5km e deverá atender 230 mil passageiros por dia, contra os 16,3km e 120 mil passageiros diários do projeto original.
A proposta foi criticada pelo arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães, para quem o governo deveria ter outra prioridade.
Para o especialista, investimentos para transformar a malha ferroviária já existente em metrô atenderiam uma população muito maior, a um custo menor: — Seriam beneficiados três milhões de pessoas em vez de 200 mil. Além disso, transformar a linha de trens em metrô ajudaria a revitalizar o subúrbio.
Para arcar com os custos da expansão, o estado vai leiloar cerca de 300 terrenos e imóveis remanescentes da construção das Linhas 1 e 2. A expectativa, segundo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, é arrecadar de R$ 700 milhões a R$ 1 bil h ã o . C o m o a t u a l m e n t e a construção nesses terrenos é proibida, o prefeito assinou ontem um acordo com Cabral se comprometendo a flexibilizar a legislação. Setenta terrenos estão localizados em Botafogo, Laranjeiras, Catete e Centro. A construção do trecho Ipanema-Gávea será licitada até o fim do ano.
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